Anais - 13º CBCENF

Resumos

Título HANSENÍASE: ASSISTÊNCIA DE SAÚDE DISPENSADA AOS COMUNICANTES INTRADOMICILIARES
Autores
ADRIANA MARIA PEREIRA DA SILVA (Relator)
AMANDA LARISSA SOUZA DOS SANTOS
RAFAELLA AYANNE ALVES DOS SANTOS
SUSANNE PINHEIRO COSTA E SILVA
EVELINE FEITOSA BARBOSA DE MELO
Modalidade Comunicação coordenada
Área Ensino e pesquisa
Tipo Pesquisa

Resumo
O Brasil é o segundo país em número absoluto de casos de Hanseníase, apresentando uma taxa de prevalência de 1,5 casos/10.000 habitantes, ficando apenas atrás da Índia, apesar de ser uma doença há muito tempo erradicada nos países do primeiro mundo. Os serviços de saúde devem promover ações de controle da hanseníase, através do diagnóstico precoce e educação continuada. Os comunicantes intradomiciliares necessitam receber informações sobre a doença e os modos de transmissão, bem como devem ser estimulados a realizar o exame das manchas e procurar a unidade de saúde em caso suspeito para assim prevenir e tratar incapacidades físicas, combater eventuais estigmas e propiciando a convivência sadia do paciente no meio social. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar a assistência oferecida pela Unidade Básica de Saúde aos comunicantes de Hanseníase. Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, formatado de acordo com as normas da ABNT. A pesquisa foi realizada em Unidade de Saúde da Família no município de Petrolina-PE, em 23 contatos de 11 portadores de Hanseníase diagnosticados nos anos de 2008 e 2009. A coleta de dados ocorreu através da aplicação de formulário semi-estruturado. Dentre os resultados encontrados, todos os entrevistados relataram saber da importância do acompanhamento na USF pelos profissionais de saúde. Para 87%, essa importância deve-se ao fato de ser pelo bem da saúde individual, evitando a contaminação com a doença ou mesmo os danos que um diagnóstico tardio possa causar. Entretanto, os contatos relataram que após o diagnóstico do portador da doença, receberam apenas 01 atendimento (61%) ou nenhum tipo de cuidado (17%). Apesar disto, 62% dos entrevistados relataram que atenção dispensada pelo o serviço de saúde era satisfatória, exaltando, em sua maioria, o trabalho realizado pelo Agente Comunitário de Saúde, porém, 3% deles não souberam responder por não terem sido acompanhados ou por não terem conhecimento sobre o acompanhamento do portador. Diante desses resultados, verifica-se a complexidade de desenvolver ações de controle de contatos, principalmente quando as consultas dos mesmos devem ser mantidas por um período maior do que o estabelecido para o controle dos doentes. Assim, os dados reforçam a necessidade de atividades que proporcionem aos comunicantes informações sobre a doença, sua transmissão, tratamento e a necessidade de um acompanhamento pela unidade de saúde, promovendo um diagnóstico precoce e tratamento eficaz.