Anais - 13º CBCENF

Resumos

Título VACINA BCG: IMUNIZAÇÃO NOS CONTACTANTES INTRADOMICILIARES DE HANSENÍASE EM UBS DE PETROLINA-PE
Autores
ADRIANA MARIA PEREIRA DA SILVA (Relator)
RAFAELLA AYANNE ALVES DOS SANTOS
AMANDA LARISSA SOUZA DOS SANTOS
EVELINE FEITOSA BARBOSA DE MELO
SUSANNE PINHEIRO COSTA E SILVA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Ensino e pesquisa
Tipo Pesquisa

Resumo
A Hanseníase ocupa um lugar de destaque entre as doenças endêmicas mundiais. Em Pernambuco, o município de Petrolina é o segundo mais endêmico para a doença, com índices muito além do que foi preconizado pela Organização Mundial da Saúde. Partindo desta realidade, é relevante o controle dos contatos intradomiciliares de Hanseníase, sendo estes os mais expostos a infecção, já que os portadores de hanseníase foram primeiramente comunicantes, sendo considerados de importância epidemiológica significativa. A imunização com BCG nos contatos, é uma das medidas de controle da doença. Esta vacina é contra tuberculose e hanseníase, estando disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), recomendada pelo Ministério da Saúde, com vários estudos comprovando a sua eficácia na imunoprofilaxia e na imunoterapia da hanseníase. Neste sentido, o presente estudo tem como objetivo identificar a cobertura vacinal e a importância dada pelos os contatos intradomiciliares à vacina BCG. Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, formatado de acordo com as normas da ABNT. A pesquisa foi realizada em Unidade de Saúde da Família (USF) no município de Petrolina-PE, com 23 contatos intradomiciliares de 11 portadores de Hanseníase diagnosticados nos anos de 2008 e 2009. A coleta de dados ocorreu através da aplicação de formulário semi-estruturado, que continha questões abertas e fechadas. A análise dos dados apontou que entre os contatos intradomiciliares, 100% relataram que ao suspeitar da doença o procedimento correto seria procurar imediatamente assistência médica, porém 17% deles apresentavam sintomatologia característica, e mesmo assim não procuraram nenhum tipo de amparo. Entretanto, 78% da amostra haviam sido imunizadas, estando 22% sem a vacinação obrigatória para comunicantes de Hanseníase. A maioria dos contatos (91%) afirmou terem sido comunicados sobre a necessidade de imunização com a vacina BCG. Dos faltosos, 13% afirmaram não dispor de tempo para procurar a USF, e 9% não estariam cientes da importância de receber a vacina, justificando a ausência. Diante dos resultados, há necessidade de intensificar a buscativa e o controle da aplicação da BCG para controle da doença, o acesso às informações e os modos de transmissão, diminuindo assim, o período de exposição dos contatos aos casos multibacilares, principalmente, assim como promover a educação continuada e capacitação da equipe multiprofissional da atenção básica, visando diagnóstico e tratamento precoce da doença.