Anais - 13º CBCENF

Resumos

Título CONSEQUÊNCIAS DA VIOLÊNCIA OCUPACIONAL CONTRA PROFISSIONAIS DE SAÚDE EM UM HOSPITAL DE URGÊNCIA, NATAL/RN
Autores
LUIZ ALVES MORAIS FILHO (Relator)
GLAUCEA MACIEL DE FARIAS
WERUSKA ALCOFORADO COSTA
FABIANE ROCHA BOTARELLI
ISABEL KAROLYNE FERNANDES COSTA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Ensino e pesquisa
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: a violência como fenômeno inerente ao convívio social, às relações grupais e interpessoais, também está projetada nas relações trabalhistas, campo fértil para a prática de todas as formas desse evento.(1) Existe uma preocupação internacional sobre a percepção da violência ocupacional, contra profissionais da saúde como um importante problema, com grandes consequência pessoais. (2) Ressaltamos que esse trabalho é parte de uma dissertação de mestrado, porém nesse momento retrataremos apenas algumas variáveis. Objetivos: identificar os tipos e as consequências das violências sofridas pelos profissionais da equipe médica e de enfermagem em um hospital de urgência em Natal/RN, nos últimos 12 meses de trabalho. Metodologia: estudo exploratório descritivo, com abordagem quantitativa, realizado no Pronto Socorro Clóvis Sarinho, em Natal/RN, aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa, parecer de No 052/2009. A amostra constou de 245 profissionais de saúde, sendo 124 médicos, 26 enfermeiros e 95 auxiliares/técnicos de enfermagem, que concordaram participar do estudo após assinarem o Termo de Consentimento Livre Esclarecido. Os dados foram coletados entre abril e maio de 2009, e analisados pela estatística descritiva com erro amostral de 5%. Resultados: 73,06% dos médicos e da equipe de enfermagem, referiram ter sofrido alguma forma de violência ocupacional. A mais comum foi a agressão verbal, relatada por 70,20%, seguida do assédio moral 24,08%; agressão física 6,12% e assédio sexual 3,67%. O estresse foi a principal consequência da agressão verbal e do assédio moral,e foi citada por 62,21% e 54,24% dos profissionais que sofreram esses tipos de violência, respectivamente e em relação tanto à agressão física como assédio moral, a tristeza foi relatada por 60,00% e 44,44%, respectivamente. Outras consequências apresentadas foram a ansiedade, o sentimento de baixa na auto-estima e o absenteísmo. Conclusões: detectou-se que a violência ocupacional é uma realidade vivenciada pela maioria dos profissionais e acarreta sequelas físicas e emocionais. Desse modo, é imprescindível que os gestores em níveis estadual, municipal e federal discutam políticas que visem combater a violência no ambiente de trabalho nos serviços de saúde adotando medidas preventivas para que os profissionais possam ter segurança e satisfação no trabalho.