Anais - 13º CBCENF

Resumos

Título ESQUIZOFRENIA E ÁLCOOL: UM ESTUDO DE DIAGNÓSTICOS PSIQUIÁTRICOS E SUA COMORBIDADE
Autores
ELISÂNGELA BRAGA DE AZEVEDO (Relator)
ALISSON OURIQUES DE GOUVEIA
PRISCILLA MARIA DA CASTRO SILVA
MARIA DE OLIVEIRA FERREIRA FILHA
ELAINE BRAGA FAUSTINO
Modalidade Comunicação coordenada
Área Autoridade, poder e cidadania
Tipo Monografia

Resumo
A esquizofrenia é um dos principais problemas de saúde pública da atualidade, exigindo considerável investimento do sistema de saúde e causando grande sofrimento para o doente e sua família. Por outro lado, o alcoolismo é um distúrbio crônico, resultante de uma combinação de fatores genético, psicossocial e ambiental. Essas substâncias podem interferir no metabolismo e na ação terapêutica dos antipsicóticos utilizados no tratamento da esquizofrenia. Objetivou-se analisar a correlação entre alcoolismo e o desencadeamento da esquizofrenia, bem como, averiguar o entendimento dos alcoolistas, em relação a sua doença e suas co-morbidades; Caracterizar o perfil quantitativo e subjetivo dos indivíduos que desencadearam esquizofrenia como co-morbidade ao uso abusivo de álcool. Trata-se de um estudo exploratório descritivo/explicativo com abordagem quali-quantitativo, realizado em uma Clínica Psiquiátrica de Campina Grande - PB. Para coleta de dados foi utilizando um questionário semi estruturado aplicado no mês de outubro de 2009. A amostra foi constituída por oito casos de co-morbidade de CID F10 e F20. Os dados quantitativos revelaram predominância do sexo masculino, com idade de 35-44 anos, com baixo nível de escolaridade, sem renda própria, solteiros, católicos e com pouco tempo de tratamento. Os dados qualitativos foram agrupados em cinco categorias: I. o início da dependência mostrando que ela se instala desde cedo, na infância e/ou adolescência, II.alterações no corpo e na mente após o uso prolongado do álcool caracterizadas por delírios, alucinações, ou seja, os sinais clássicos dos quadros psicóticos. III.entendimento da co-morbidade entre o álcool e o estar doente que é percebido pela grande maioria como causador do seu estado doentio. IV.forma de tratamento para este tipo de doença, verifica-se que o tratamento farmacológico ainda é bastante enfatizado por eles, porém as formas consideradas coadjuvantes ao tratamento também são importantes. V. A perspectivas no pós alta percebe-se que a grande maioria dos usuários entrevistados tem planos e vontade de parar de beber. Constatamos que a temática reflete preocupação, uma vez que a incidência destas patologias mostra-se cada vez mais crescente, porém, o meio acadêmico tem pouco explorado essa temática, em especial nos cursos de enfermagem, o que impossibilita o profissional recém formado lidar com esta co-morbidade.