Anais - 13º CBCENF

Resumos

Título VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR ENTRE ADOLESCENTES DA REDE DE ENSINO PÚBLICA E PRIVADA DE PORTO VELHO, RONDÔNIA
Autores
ROSILAINE KEFFER DELFINO (Relator)
MARIA INÊS FERREIRA DE MIRANDA
FERNANDA MENDES
MARCUCE ANTÔNIO MIRANDA DOS SANTOS
PEDRO DI TÁRIQUE BARRETO
Modalidade Comunicação coordenada
Área Ensino e pesquisa
Tipo Pesquisa

Resumo
A violência praticada no ambiente familiar, que pode ser caracterizada por negligência, agressão física e psicológica, embora guarde uma relação direta com a violência estrutural, não é um problema circunscrito a uma classe social, mas, principalmente, uma conseqüência das relações interpessoais dos atores envolvidos: criança/adolescente e familiares (pais, tios, irmãos etc.). Esta pesquisa é um subprojeto do estudo intitulado: A violência entre namorados adolescentes: um estudo em dez capitais brasileiras, realizado pela Fundação Oswaldo Cruz - FIOCRUZ com parceria da Universidade Federal de Rondônia - UNIR. Procurou-se caracterizar a existência de violência intrafamiliar sob a ótica de adolescentes realizando um estudo quantitativo através de um inquérito epidemiológico, junto aos alunos do 2º ano do ensino médio de escolas públicas e particulares de Porto Velho no ano de 2007. Para a coleta de dados foi utilizado instrumento norte americano, traduzido e validado para a realidade local. A análise dos dados foi realizada através do Programa Epi-info 3.5.1. Foram pesquisados 282 adolescentes, com idade média de 16,3 anos (±DP 0,78). Quanto aos aspectos atribuídos ao relacionamento com o pai, 65,2% consideraram bom e 23% regular. Em relação à mãe, a proporção é de 82,6% e 11,7%, respectivamente. Com o irmão 63,1% referiram um bom relacionamento e 29,1% regular. Quanto a hora em que retornam para casa 43,6% dos escolares combinam com os pais o horário e 57,1% referiram que os mesmos sabem onde e com quem estão. Quanto à violência intrafamiliar, 23,7% confirmaram brigar poucas vezes com irmãos, 46,1% relataram brigas com a mãe no último ano, 23,4% referiram xingamento e insulto durante as discussões. Sobre ameaça de bater ou jogar objetos 19,2% relatou este episódio e 9,2% das mães, segundo as respostas dadas, empurrou ou agarrou o filho, seguido de 13,8% de relatos de tapas e bofetadas. Já nas discussões e brigas com o pai 34,8% disseram ter discutido calmamente o problema, 14,9% afirmaram que o pai xingou ou insultou, 8,8% ameaçaram bater ou jogar objetos, 8,2% relataram tapas e bofetadas. Diante dos resultados foi possível verificar que este tipo de violência tem características próprias: o vínculo entre vítimas e agressores e a dificuldade do diálogo entre os mesmos, reforçam as manifestações de violências dentro de um espaço que deveria ser de diálogo e paz.