Anais - 13º CBCENF

Resumos

Título HISTÓRIA DA HANSENÍASE: ENFATIZANDO O PRECONCEITO COM OS PORTADORES DA HANSENÍASE
Autores
GILDÊNIA FLÁVIA SAMPAIO MATIAS (Relator)
MARIA NATÁLIA LEITE DANTAS
DALLYANE MIKAELLE GONDIM MATIAS
JADNA MONY GREGÓRIO FREITAS
DANIELLY MICHELE GONDIM MATIAS
Modalidade Comunicação coordenada
Área Autoridade, poder e cidadania
Tipo Pesquisa

Resumo
A hanseníase, doença milenar chamada de “lepra” durante muito tempo, ainda traz arraigada ao seu nome o preconceito. Trata-se de uma doença infecciosa causada pelo bacilo Mycobacterium leprae que afeta nervos e pele. O sistema imunológico tem um papel fundamental no combate à exposição ao bacilo, sendo responsável por montar uma resposta capaz de destruí-lo. Sua transmissão ocorre pelas vias áereas, sendo necessário o diagnóstico e o tratamento precoces para obtenção de cura. O presente estudo de revisão de literatura tem por objetivo explorar a evolução histórica da exclusão social ao portador de hanseníase. Ainda há dificuldades pelo portador e sociedade no entendimento dos conceitos, transmissão, tratamento e outros aspectos da hanseníase, sendo esta uma das causas da discriminação, dificultando assim o seu tratamento. Oriundo do hebraico tsara’ath presente no Antigo Testamento, o termo ‘lepra’, era associado com impureza física, espiritual e moral. Desde então, a exclusão social tornou-se prática comum entre os que portavam essa mazela. Na Idade Média, representou a grande praga. O medo de outras doenças não pôde ser comparado ao terror da “lepra”, nem mesmo a Peste Negra no século XIV, ou o aparecimento da sífilis no final do século XV. Na atualidade, o estigma da doença ainda é uma marca entre portadores de hanseníase, produzindo reações de raiva, negação, vergonha e culpa. A história de isolamento continua influenciando práticas e pensamentos. Apesar da mudança do nome, pacientes enfrentam preconceitos no meio social, pela associação com o termo “lepra”. Portanto, a mudança do termo não foi capaz de eliminar preconceitos.