Anais - 13º CBCENF

Resumos

Título O CONTROLE SOCIAL NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE COMO FERRAMENTA DE CIDADANIA
Autores
MARIA NATÁLIA LEITE DANTAS (Relator)
JADNA MONY GREGÓRIO FREITAS
PATRÍCIA KELLY LOPES ANGELIM
GILDÊNIA FLÁVIA SAMPAIO MATIAS
DALLYANE MIKAELLE GONDIM MATIAS
Modalidade Comunicação coordenada
Área Autoridade, poder e cidadania
Tipo Pesquisa

Resumo
O controle social como espaço político-democrático de representação social dos interesses comuns determina um conjunto de regras e princípios, pelas quais a sociedade direciona as relações e o comportamento humano. O homem é um ser social, dinâmico. Os enfermeiros, principalmente os inseridos na atenção básica, têm um papel articulador nessas relações, graças ao vínculo com a comunidade e às funções inerentes ao enfermeiro de participar politicamente, educar, gerenciar, cuidar e pesquisar. A cultura de não participar, o conformismo, o medo de discriminação e a falta de conhecimento são fatores que interferem na cidadania exercida pelos usuários. Os trabalhadores também não estão preparados para essa participação e reconhecem que deveriam informar mais a respeito dos conselhos e dos direitos dos usuários. Esses fatores são reflexo de uma profissão historicamente marginalizada do processo de decisão política. Essa realidade precisa ser mudada para que o enfermeiro possa ser um propagador da participação cidadã. A pesquisa objetiva identificar novos rumos e necessidades para a efetivação do Controle Social como ferramenta de fortalecimento da cidadania pelo enfermeiro. Trata-se de um estudo qualitativo, de revisão de literatura. A coleta de dados ocorreu através das bases SCIELO e BVS com as palavras-chaves controle social, participação comunitária, política de saúde, cidadania. Foram incluídos artigos em português dos últimos dez anos. Foram analisados nove artigos através de revisão integrativa. Adotou-se a normatização Vancouver. Inferiu-se assim que, o Controle Social enquanto espaço democrático, com representação equitária, é um espaço rico e idealizador de mudanças na condição de vida e saúde. Esse diálogo precisa ser efetivo e constante. Foram destacadas pelos profissionais a não participação dos representantes comunitários no planejamento das ações e na avaliação dos serviços prestados. Por outro lado, apontaram como avanços a proposição e intervenção nos problemas gerais e a presença dos conselhos locais de saúde como instrumento para construção de novas formas de trabalho, organização e mobilização, não apenas na área da saúde. A participação popular é uma constante construção pelos usuários e gestão do SUS e pelos trabalhadores que intermeiam essa relação. Novas formas de participação devem ser buscadas a cada dia para fortalecimento da cidadania.