Anais - 10º CBCENF

Trabalhos

Título EVOLUÇÃO DOS FATORES DE RISCO EM HIPERTENSOS DO MUNICÍPIO DE BANDEIRANTES (PR) NOS ANOS DE 2004 A 2006
Autores
CARINA BORTOLATO GARCIA (Relator)
NATÁLIA MARIA MACIEL GUERRA
SIMONE CRISTINA CASTANHO SABAINI DE MELO
MARCELO HENRIQUE OTENIO
Modalidade Comunicação Coordenada

Resumo
A hipertensão arterial, considerada ao mesmo tempo, uma doença e um fator de risco, representa um dos maiores desafios em saúde pública. O presente trabalho teve como objetivo analisar a evolução dos fatores de risco significativos e o que pode ser feito para que estes agravos possam ser prevenidos de acordo com as características da população em estudo. Foram entrevistados 250 hipertensos não diabéticos, cadastrados no programa HIPERDIA do município de Bandeirantes (PR), utilizando um questionário semi-estruturado. O estudo foi realizado em duas etapas, sendo a primeira no ano de 2004 e a segunda no ano de 2006. Os dados coletados foram tabulados e analisados pelo programa Statistica®. Os achados revelam que no decorrer de dois anos, houve aumento significativo dos fatores de risco como obesidade e inatividade física, refletindo diretamente tanto nos níveis pressóricos, visto que aproximadamente 80% dos indivíduos permaneciam com a pressão arterial sistólica e diastólica elevadas no momento da entrevista, quanto para as complicações conseqüentes da hipertensão, como o aparecimento de diabetes mellitus e ocorrências de infarto do miocárdio. Além disso, no decorrer da pesquisa 4,6% (10) evoluíram a óbito e, dessa forma, o Sistema de Informação sobre Mortalidade mostrou que 40% dos óbitos foram classificados como causa básica ou possível conseqüência da pressão arterial elevada. Conclui-se que, ainda há necessidade de medidas educativas, que caberiam aos profissionais que atuam no campo da saúde a defesa de propostas de educação em saúde, tanto para capacitação de uma equipe multiprofissional, quanto para as comunidades. A equipe de enfermagem deve realizar educação em saúde, estimular e orientar bons hábitos de alimentação e adoção de estilos de vida saudável. A estratégia populacional deve incluir ensinamentos e campanhas direcionadas à mudança de hábitos de vida. Consideram-se esses aspectos fundamentais para melhorar o autocuidado e reduzir os fatores de risco.