Estudo realizado no primeiro semestre de 2006, relata a experiência das autoras na assistência domiciliar a uma cliente cadastrada na Unidade Básica de Saúde (UBS) da cidade de Campo Grande/MS, portadora de Diabetes Mellitus (DM) tipo 2 e Hipertensão Arterial (HA). Com base em instrumentos adotados pela Disciplina de Enfermagem em Saúde Coletiva e por meio de cinco visitas domiciliares, foram coletados dados relativos à identificação, história clínica, fragilidades e potencialidades para o cuidado, estrutura e funcionamento familiar. Quanto ao perfil do caso acompanhado, verificou-se: M.L.A.H, sexo feminino, 57 anos, cor branca, não alfabetizada, católica não praticante, desempregada, renda inferior a um salário mínimo, viúva, G6 P5 A1, reside sozinha, é portadora de HA há dez anos, DM e mastectomia há sete anos. Com relação às fragilidades familiares constatou-se: ansiedade, baixa auto estima situacional, conhecimento deficiente sobre as patologias, percepção sensorial perturbada, estilo de vida sedentário, risco de infecção e angústia espiritual. Dentre as potencialidades destacou-se disposição aumentada para a comunicação, conhecimento, nutrição e controle do regime terapêutico. A estrutura e funcionamento familiar mostraram uma família desestruturada, relação conflituosa com a UBS, vínculo emocional forte com dois irmãos, história familiar de DM, HA e câncer. As intervenções de enfermagem basearam-se fundamentalmente na escuta ativa, educação em saúde e utilização de técnicas de comunicação terapêutica. Consideramos que a experiência foi enriquecedora tanto para a cliente como para nós acadêmicos. O acolhimento e as visitas domiciliares, enquanto estratégias de atenção em saúde são de importância fundamental para o estabelecimento de vínculo e para o processo de cuidar em enfermagem. Unitermos: visita domiciliar, acolhimento, Sistematização da Assistência de Enfermagem. |