As conseqüências da gravidez nesse período da vida são de ordem biológica, psicológica, e social. As reações da adolescente à gravidez manifesta-se de diferentes maneiras, dependendo das experiências anteriores e da aceitação do novo papel de mãe. O objetivo do estudo foi conhecer o impacto da mãe diante da gravidez da filha adolescente, compreendendo as mudanças ocorridas na relação familiar após a gravidez da filha adolescente e identificar, na perspectiva materna, quais motivos levaram a filha adolescente a engravidar. A análise foi realizada através da descrição, redução e interpretação fenomenológicas, com as seguintes perguntas: "Qual foi a sua reação diante da gravidez da sua filha adolescente? Você identifica os motivos que levaram sua filha a engravidar?". As entrevistadas foram mães de jovens que engravidaram entre 15 e 18 anos. Após leitura e análise de cada descrição enfatizamos o que era significativo, revelando as seguintes categorias: aceitação, precocidade, evasão escolar, alegria, felicidade, descuido, falta do uso de contraceptivo, tristeza, raiva, revolta, casamento precoce. No decorrer da pesquisa percebe-se a importância de se adequar um sistema de atendimento e acolhimento que prestem assistência não somente a adolescente, mas também a sua família como um todo visto que a gravidez na adolescência é um problema de saúde publica que afeta a adolescente, sua família e a sociedade. Percebemos que a mãe e a família se sentem responsáveis em assumir uma criança, com a exigência de novos papéis e modificações marcantes do período da gravidez e que se estenderá por toda a vida com um novo ser no núcleo familiar. Conclui-se que a enfermagem deve pensar a construção de um modelo assistencial que contribua para a criação de espaços que possam suprir as necessidades destas adolescentes e suas famílias neste momento tão peculiar de suas vidas.
Palavras-chave: Gravidez. Gestação. Adolescência.
|