Anais - 10º CBCENF

Trabalhos

Título REGISTRO DA PRESENÇA DO CARAMUJO GIGANTE AFRICANO EM IMPERATRIZ - MA: RISCOS PARA A POPULAÇÃO LOCAL
Autores
CLAUDIA REGINA DE ANDRADE ARRAIS ROSA (Relator)
PAULO ROBERTO DA SILVA RIBEIRO
NOECI FEIJÓ GLAPINSKI ZACCA
JULIANA APARECIDA GUIMARÃES
ORQUIDEIA DA SILVA FERNANDES
Modalidade Comunicação Coordenada

Resumo
REGISTRO DA PRESENÇA DO CARAMUJO GIGANTE AFRICANO EM IMPERATRIZ - MA: RISCOS PARA A POPULAÇÃO LOCAL Palavras-chave: Caramujo gigante africano, Achatina fulica, angiostrongilíase. O caramujo gigante africano (Achatina fulica) é uma espécie pertencente ao grupo dos moluscos pulmonados terrestres. Este molusco é muito importante, do ponto de vista da saúde pública, pois é um hospedeiro intermediário de duas espécies de nematóides (Angiostrongylus costaricensis e Angiostrongylus cantonesis) causadores da angiostrongilíase. Estas patologias podem ser adquiridas pelo homem principalmente através de ingestão de alimentos contaminados por larvas destes parasitas. Observou-se um excessivo crescimento da população desse caramujo na cidade de Imperatriz - MA. Diante disso, o presente trabalho objetivou identificar os bairros desta cidade onde há a presença deste molusco, bem como verificar os riscos para a população local. Posteriormente, 135 moradores destes bairros, em número de 10, foram entrevistados, no período de novembro de 2006 a abril de 2007. Observou-se que 96% dos entrevistados conhecem o caramujo e têm grande receio da presença deste, visto que 87% deles suspeitam que este molusco cause algum tipo de doença grave e 41% afirmaram que esta doença não tem cura. Constatou-se que 39% não adotam medidas para a erradicação deste molusco, enquanto que 37% utilizam sal de cozinha para exterminá-lo, o que causa salinização do solo tornando-o infértil e apenas 4% utilizam inseticidas. Além disso, 50% dos entrevistados relataram que manipulam o caramujo sem algum tipo de proteção nas mãos e que 27% afirmaram que crianças costumam ter contato direto com o A. fulica. Apesar de nenhum caso autóctone de angiostrongilíase ter sido confirmado, a presença do A. fulica, deve ser encarada como preocupante pelas autoridades de saúde pública, pois representa uma possibilidade de instalação desta zoonose neste Município.