Anais - 10º CBCENF

Trabalhos

Título PERSPECTIVAS DA ENFERMAGEM FRENTE A IMPLANTAÇÃO DA SAE NA AUTOHEMOTERAPIA
Autores
JEYVERSON DA SILVA FERREIRA (Relator)
TELMA GEOVANINI
Modalidade Comunicação Coordenada

Resumo
Um crescente uso de terapias naturais e complementares no Brasil tem sido observado na última década, referendado pelo Ministério da Saúde, que no sentido de assegurar aos usuários do SUS o direito de realizarem as terapias com segurança, propôs a implementação de política de adoção de terapias não convencionais na rede básica de saúde. De acordo com a resolução 197/97 do COFEN, essas terapias são especialidade do profissional de enfermagem quando qualificado. Há um ano, a Faculdade de Enfermagem da Unipac-JF realiza pesquisas sobre autohemoterapia AHT, para referendar a técnica, que nessa experiência tem comprovado sua eficácia e inocuidade, desde que efetuada por profissional de enfermagem qualificado. Na AHT, o enfermeiro realiza punção venosa periférica e injeção intramuscular, procedimentos que inequivocamente, são ATOS DE ENFERMAGEM e não de outros profissionais, devendo ser regidos pelos órgãos de enfermagem competentes. Entretanto, devido a infundadas alegações médicas de que não existem comprovações científicas para a AHT - malgrado evidências de sucesso do seu uso em outros países - no Brasil esta prática encontra-se proibida. Consideramos esta proibição um verdadeiro equívoco das autoridades, diante das evidências científicas que temos vivenciado em nossa prática, sendo também um risco para os usuários, devido a grande demanda reprimida para a utilização do procedimento no país. Preocupados com os fatos, relatamos neste estudo, nossa experiência ao evidenciarmos que a prática bem feita não resulta em efeitos adversos, visto termos uma casuística de 35 pacientes, dentre os quais, alguns realizaram mais de 20 aplicações sem que tenham apresentado qualquer problema sistêmico ou local. Neste estudo demonstramos a implantação da SAE e do protocolo de AHT no âmbito da pesquisa científica universitária, ressaltando a necessidade da supervisão direta da AHT pelo enfermeiro, como forma de incentivo às autoridades no reconhecimento da prática no Brasil.