As práticas de educação em saúde levam o indivíduo a uma reflexão para mudanças no comportamento, promovendo a saúde e, melhorando a qualidade de vida, de acordo com a sua realidade. Objetivou-se nesse estudo avaliar os âmbitos culturais, econômicos e políticos sociais necessários para uma prática de educação em saúde como estratégia para o planejamento familiar. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, realizada no período de março a abril 2007, tendo como base o banco de dados o Manual Técnico de Assistência em Planejamento Familiar do Ministério da Saúde e artigos científicos. Foram incluídas as temáticas que abordam as temáticas de educação em saúde e planejamento familiares, e excluídos os demais trabalhos referentes aos métodos anticoncepcionais. Os resultados estão organizados em torno de três macro-determinantes: economia, política e cultura que formam a base de sustentação do planejamento familiar, conforme prevalência nas literaturas analisadas. A política do planejamento familiar representa uma análise geral do assunto, a economia foi abordada no tópico os filhos dos pobres: um fardo ou benefício? E a política foi desenvolvida nos tópicos programas de controle da natalidade feitos de cima para baixo e o sistema de cotas e os problemas que eles criam. Já a cultura foi apresentada na adaptação do planejamento familiar frente às circunstâncias locais. A consulta de enfermagem para o planejamento familiar deve constituir um espaço favorável para a exposição de queixas do cliente, quanto aos aspectos biopsíquico e socioespiritual e às capacidades do cliente para o exercício das atividades de autocuidado. É relevante ressaltar que a realização da atenção ao planejamento familiar envolve não só a dispensação dos métodos contraceptivos, mas toda a atenção ao usuário, pois este atendimento envolve inúmeros setores, como o cultural, econômico e social. Colocando-se como profissionais de saúde, devemos nos mostrar abertos e preparados para atuarmos diretamente no âmbito familiar, avaliando e fazendo as devidas intervenções para que o casal sinta-se capacitado e livre para caminhar no planejamento consciente de sua família, exercendo acima de tudo a sua cidadania com responsabilidade. |