O Câncer de Colo de Útero é um dos poucos processos patológicos para o qual existe exame de detecção sensível, seguro, barato e de boa especificidade, conseguindo reduzir notavelmente a mortalidade por este tipo de câncer. Para maximizar a acurácia diagnóstica do Exame Papanicolaou, o Ministério da Saúde preconiza alguns prévios à sua realização, necessitando, assim, de ações educativas neste sentido. Este trabalho trata-se de uma pesquisa básica, descritiva e exploratória, de abordagem qualiquantitativa, com objetivo de analisar o conhecimento de mulheres em Juazeiro-BA acerca dos cuidados necessários antes da realização do Exame Preventivo. O universo da pesquisa constitui-se de 150 usuárias da Estratégia de Saúde da Família. Foram observadas as normas da ABNT e os aspectos éticos baseando-se na Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Os dados foram analisados segundo as temáticas: Prevenção do Câncer Cérvico-Uterino e Educação em Saúde. O estudo mostrou que 83% das mulheres já realizaram o Exame mais de uma vez, ao passo que 90% proferiram existir cuidados prévios ao Exame, tais como abstinência sexual, higiene íntima e não estar no período menstrual, respondendo por 42,5%, 21,7%, e 12,0% das falas, respectivamente. No geral, 35,6% das opiniões fugiram as recomendações ministeriais, seja por serem cuidados inaconselháveis, seja por constituírem-se infundados cientificamente. Com relação ao significado dos mesmos, apenas 55% das entrevistadas afirmaram conhecê-lo, opinando ser para evitar problemas no colo do útero/câncer/inflamações/DST (20,0%), e para evitar alteração do resultado do exame/evitar algum problema (17,6%), dentre outras falas. Logo, nota-se uma paradoxal co-existência de mulheres que conhecem os cuidados para o Exame, mas não sabem o porquê dos mesmos, remetendo a necessidade de condutas e atividades efetivamente educativas e instigantes de uma demanda consciente.
UNITERMOS: teste de papanicolaou; conhecimento; educação em saúde.
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