A reforma psiquiátrica brasileira teve sua regulamentação no final do século XX, com a aprovação da lei federal 3.657/89 proposto pelo poder legislativo. Esse fato possibilitou uma nova visão da sociedade civil para reconhecer a independência do portador de distúrbios psiquiátricos. A presença da comunidade acadêmica e seu papel na promoção da melhoria da qualidade de vida deste grupo populacional torna-se uma alavanca para impulsionar e resgatar sua identidade e dignidade. O trabalho tem como objetivo resgatar valores culturais como o conhecimento tradicional no uso de plantas medicinais, e adequá-la a fim de garantir uma utilização coerente e racional dessas ervas. Este estudo baseia-se numa pesquisa de abordagem quali-quantitativa realizada por acadêmicos do curso de enfermagem da UNIVASF - Universidade Federal do Vale do São Francisco no CAPS II localizado em Petrolina-PE, no período de 2006. A mesma está sobre as normas da ABNT. A pesquisa demonstrou que 100% dos usuários do CAPS utilizavam plantas medicinais para curar seus males, destes 67% adquiriram conhecimento através de seus familiares. A partir destes dados, foi possível trabalhar através de oficinas terapêuticas o uso das plantas medicinais partindo de um conhecimento técnico-científico. A metodologia utilizada permitiu discussão em grupo resgatando nos participantes sua auto-estima, confiança e conhecimentos diante da valorização do saber popular trazido pelo grupo, como uma forma de estimulá-los quanto ao uso da fitoterapia de forma mais segura, utilizando para isso uma prática racional. O que vem a justificar uma atividade atual e constante na vida dessas pessoas. A valorização do uso popular por parte dos acadêmicos proporcionou o resgate das virtudes do portador de transtorno mental. Essas são qualidades muitas vezes ausentes ou diminuída nestas pessoas, logo tais valores são fundamentais para recuperação e reabilitação mental dos mesmos.Unitermos:Enfermagem, Saúde Mental, Responsabilidade Social. |