Por ser um exame relativamente simples, barato e indolor, as vantagens da Prevenção do Câncer Cérvico-Uterino, no tocante à relação custo-benefício e a sua alta sensibilidade, justificam seu uso de escolha em programas nacionais e rotineiramente em Unidades Básicas de Saúde. Trata-se de uma pesquisa básica, descritiva, de abordagem quantitativa, e com objetivo de vislumbrar o tempo médio despendido no percurso de mulheres para realização do Exame Preventivo, além de analisar a qualidade da assistência prestada. A amostra foi constituída por 150 usuárias que demandaram pela Estratégia de Saúde da Família em Juazeiro-BA. Foram observados os aspectos éticos baseando-se na Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, bem como as normas da ABNT. Os dados foram tabulados sob a forma de percentuais descritivos simples e analisados segundo as temáticas: Exame Papanicolaou e Direitos dos Usuários da Saúde. A idade das entrevistadas variou entre 17 e 67 anos; 48% eram casadas; 44% possuíam o ensino fundamental incompleto; e 84,6% referiram ter renda familiar de até 2 salários mínimos. Evidenciou-se que 36% das mulheres afirmaram esperar mais de 1 semana entre o agendamento e o Exame; 14,6% relataram esperar mais de 2 horas para serem atendidas; e 35,9% dos sujeitos proferiram receber o resultado com mais de 30 dias da consulta. Quanto à qualidade da assistência, 76,7%, 83,9%, 54,6% delas consideraram bom/ótimo, respectivamente, o atendimento do recepcionista, o esclarecimento prestado pelos profissionais, e a assistência municipal à mulher em relação ao Exame Preventivo. Considera-se que a Estratégia de Saúde da Família trouxe uma significativa melhora no atendimento, quando comparado ao modelo hospitalocêntrico. Contudo, infere-se que a eficiência do atendimento à mulher ainda tem a trilhar rumo à consolidação de serviços efetivamente humanizados e atentos aos direitos dos usuários.
UNITERMOS:teste de papanicolaou;qualidade da assistência à saúde;saúde da família.
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