Anais - 10º CBCENF

Trabalhos

Título PARTICIPAÇÃO POPULAR NOS SERVIÇOS DE SAÚDE: REFLEXÕES SOB A ÓTICA DOS PROFISSIONAIS ATUANTES NA ATENÇÃO BÁSICA
Autores
CLÁUDIO CLAUDINO DA SILVA FILHO (Relator)
ERIK CRISTÓVÃO ARAÚJO DE MELO
MICHELLE CHRISTINI ARAÚJO MASCARENHA
SHEILA MILENA PESSOA DOS SANTOS
Modalidade Comunicação Coordenada

Resumo
O controle social nos serviços de saúde foi idealizado enquanto meio da comunidade participar efetivamente dos rumos da saúde no país. Nas diferentes esferas de gestão participativa, a Lei 8.142 de 28/12/90 cria as Conferências e Conselhos de Saúde no intuito de legitimar a participação popular nas deliberações do setor. Entretanto, a prática vem mostrando que tais preceitos restringiram-se as entrelinhas desta Lei e que a passividade dos usuários os torna distantes de sua realidade. Este trabalho trata-se de um relato de experiência com objetivo de elencar as dificuldades encontradas pelos profissionais da Estratégia de Saúde da Família em interagir com a comunidade, e refletir estratégias para minimizar estas lacunas. A experiência foi vivenciada junto à Capacitação Introdutória em Saúde da Família, ministrada por docentes vinculados ao colegiado de Enfermagem da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), conforme recomendações da Portaria Ministerial 2.527 de 19/10/06. O curso visa subsidiar o desenvolvimento do processo de planejamento em equipe e os fundamentos para organização e prática dos serviços de Saúde da Família. Dentre os empecilhos por parte da população, destacam-se: falta de interesse por atividades educativas; cultura curativista, restringindo a demanda pelos serviços a respostas medicalizadoras; desconhecimento dos mecanismos de controle social; e interesse majoritário por assuntos relacionados a benefícios governamentais. Refletiu-se como alternativas: não utilizar meios ou benefícios objetivos para atrair a população, visando instigar demanda consciente e edificada em responsabilidade social; aproveitar grupos de atendimento do PSF para fomentar discussões; manter maior contato com associações comunitárias; e realizar encontros regulares com a comunidade para identificação de problemas e sugestões quanto a Unidade e a qualidade da assistência. UNITERMOS: Programa de Saúde da Família; participação popular; controle social.