Objetivamos planejar a Assistência de Enfermagem ao paciente com insuficiência renal e identificar as dificuldades para o planejamento numa instituição sem a SAE. Estudo de caso realizado em maio-junho/07, num Hospital da Bahia, campo de prática das instituições de ensino da região. O sujeito, LPM, 58a, casado, faz hemodiálise há 7 anos, aceitou participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento (BRASIL, 96). Os dados foram coletados a partir da anamnese e exame físico e organizados em formulários, seguindo as fases do Processo de Enfermagem (PE). Diagnósticos: Ansiedade r/a ao estado atual de saúde e restrições alimentares; Dor aguda r/a a fatores biológicos cmp dor à palpação e relato verbal; Nutrição alterada: menos que as necessidades corporais r/a inabilidade pra ingerir alimento devido a fatores biológicos cmp relato verbal de perda de paladar e dieta sem sabor. Objetivos: melhorará a ansiedade em 1 semana; relatará redução da dor em 6 horas; relatará melhora do apetite e aceitação da dieta em 1 semana. Prescrições: orientar sobre a doença e a importância das restrições alimentares para o controle da doença e melhora da qualidade de vida; solicitar adequação da dieta às preferências individuais; oferecer artifícios que melhorem o sabor dos alimentos; administrar analgésico prescrito; posicioná-lo confortável no leito. Considerando o tempo de internação e tratamento (7 dias), identificamos apenas 3 problemas geradores dos diagnósticos. Não pudemos desenvolver as duas últimas fases do PE por não estarmos em prática no período da coleta de dados. Dificuldades: adequação das declarações diagnósticas aos problemas identificados; identificação da etiologia na lista de fatores relacionados apresentados no Guia de Diagnóstico da NANDA (1999/2000); falta de tecnologia que facilite a descrição do PE; ausência da SAE na instituição. Conclusão: é possível planejar uma assistência individualizada e de qualidade numa instituição em que não há a SAE, embora este fator imponha dificuldades que vão desde a manipulação de guias à indisponibilidade de declarações informatizadas, o que demanda desinteresse, inabilidade da equipe e tempo extra para desenvolver o PE como atividade que garante qualidade da assistência prestada aos clientes.
Palavras-chave: SAE; Processo de Enfermagem; Insuficiência renal crônica.
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