Anais - 10º CBCENF

Trabalhos

Título ATENÇÃO DE ENFERMAGEM AO USUÁRIO DE ALCOOL E OUTRAS DROGAS NO CONTEXTO DOS SERVIÇOS DESAÚDE EXTRA-HOSPITALARES
Autores
SONIA SILVA PAIVA MOTA GONÇALVES (Relator)
SONIA SILVA PAIVA MOTA GONÇALVES
CLÁUDIA MARA DE MELO TAVARES
Modalidade Comunicação Coordenada

Resumo
O uso abusivo do álcool e outras drogas são destacados pelo Ministério da Saúde como um dos principais problemas de saúde pública. Na rede extra-hospitalar de saúde há pouco esclarecimento dos profissionais quanto às atribuições junto a essa clientela. Este estudo tem como objetivos: conhecer as demandas do usuário de álcool e outras drogas na rede de saúde extra-hospitalar; descrever quais são as atividades desenvolvidas pelo enfermeiro no atendimento ao usuário de álcool e outras drogas e analisar a relação entre o enfermeiro e o SUS na busca da integralidade da assistência. Constitui uma pesquisa qualitativa de abordagem descritiva de campo, tendo como cenário a Região Centro-Sul Fluminense. Os sujeitos são trinta enfermeiros da rede extra-hospitalar, compreendendo coordenações de Programas do Ministério da Saúde, unidades de PSF, CAPS I, CAPS AD e Comunidade Terapêutica. Os dados foram coletados por meio da realização de entrevista semi-estruturada e analisados de acordo com a análise temática de conteúdo. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do CCM/UFF, em 2004. Como resultados observaram-se que a demanda por atendimento do usuário de álcool e outras drogas ocorre de forma espontânea direta ou indireta, por busca ativa e que alguns enfermeiros não identificam esta demanda em sua unidade ou não sabem informar como ocorre a demanda. Foram identificadas ações de enfermagem no âmbito da prevenção, tratamento e reabilitação. Entre as dificuldades apontadas estão a não aceitação pelo usuário ao tratamento, falta de capacitação para o atendimento, dificuldade de acesso, tempo não disponível em virtude do acúmulo de atividades. Os dados analisados apontam para necessidade de o enfermeiro redirecionar a sua prática junto a esta clientela, buscando formas inovadoras e criativas que assegurem maior resolutividade de suas ações. Conclui-se que a própria rede de serviços, e não apenas o enfermeiro, não responde as necessidades de saúde.