A resolução do Conselho Federal de Medicina n° 1.480/97 define morte encefálica como "a parada total e irreversível das funções encefálicas, conforme critérios já bem estabelecidos pela comunidade científica mundial". Os objetivos desta pesquisa foram identificar o nível de conhecimento dos acadêmicos de enfermagem dos últimos três períodos da graduação de enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa (EEAAC) - UFF sobre o conceito de morte encefálica e seus aspectos éticos e legais e também compreender a percepção dos mesmos acerca desta temática e dos procedimentos a serem realizados frente ao indivíduo com morte encefálica e à sua família. Ressaltamos que por ser um tema crescente em nossa sociedade, faz-se necessário que estes futuros profissionais possuam maior aporte de conhecimentos sobre conceitos e demais assuntos relacionados, possibilitando assim uma nova metodologia de trabalho e nova concepção sobre este tipo de morte. A metodologia utilizada foi descritiva exploratória, com abordagem qualitativa. Para obtenção dos dados, os autores valeram-se de um questionário semi-estruturado contendo três perguntas abertas e cinco fechadas, para verificar o nível de conhecimento dos acadêmicos de enfermagem sobre a morte encefálica e compreender a percepção dos mesmos acerca do tema. O cenário de escolha para realização da pesquisa foi a EEAAC - UFF. Participaram da pesquisa 30 acadêmicos de enfermagem, sendo 11 do 7° período, 09 do 8° período e 10 do 9° período. O resultado obtido apontou um déficit no conhecimento dos acadêmicos de enfermagem, permitindo concluir que é necessária a inclusão destes conteúdos, de forma sistematizada, no currículo destes profissionais. Embora os estudantes reconheçam a importância do papel do enfermeiro na orientação da família, estes não sabem definir concretamente suas atribuições, e tampouco demonstraram bases suficientes para prestar os esclarecimentos necessários aos familiares. Enfermagem, morte, morte encefálica. |