Resumo
Do ponto de vista biológico, a morte pode ser vista como um processo que se inicia quando um órgão vital cessa seu funcionamento, e acaba quando todo o organismo se decompõe. Desse modo, o objetivo do estudo foi: conhecer como a equipe de enfermagem vivencia o processo de morte e morrer em um Hospital filantrópico de Montes Claros - MG. Trata-se de uma pesquisa descritiva de cunho qualitativo, realizada pelas acadêmicas do curso de graduação em enfermagem das Faculdades Integradas Pitágoras, no primeiro semestre de 2005. Os sujeitos da pesquisa compreenderam a equipe de enfermagem, composta por: auxiliares, técnicos e enfermeiros. O instrumento de coleta de dados foi através de um gravador e uma entrevista semi-estruturada. Os resultados abrangeram: vivências da equipe de enfermagem, que alguns enfrentaram com angústia e outros consideraram fazer parte da rotina; o preparo e apoio para enfrentar o processo de morte e morrer, constando que cada um buscava um tipo de apoio: na família, colegas, coordenação da instituição e em Deus; o apoio oferecido à família e ao paciente, que vão desde apoio espiritual com palavras confortantes a orientações; e o conhecimento dos profissionais de enfermagem sobre as fases do morrer, sendo que alguns relataram conhecer as fases de: negação, barganha e aceitação, outros desconheceram todas. Portanto, a partir dos resultados encontrados, verificou-se que os profissionais de enfermagem necessitavam de suporte emocional e teórico para lidarem com a morte de forma mais harmoniosa e assistirem às reais necessidades dos clientes que estão em iminência de morte. Recomenda-se que seja incluído nos currículos o tema da morte e que as instituições hospitalares busquem a educação permanente como estratégia para promover mudanças de posturas dos profissionais junto ao paciente em iminência de morte e sua família.
Palavras-chave: morte, vivências, equipe de enfermagem.
|