Isquemia Arterial Crônica (IAC) constitui-se num bloqueio do fornecimento sangüíneo arterial para os membros. Seus fatores de risco incluem: idade, tabagismo, diabetes mellitus, hipertensão, dislipidemia, história familiar, obesidade e vida sedentária. A IAC, concomitantemente a neuropatia e traumatismo, pode gerar necrose tecidual e ulceração. O processo de enfermagem abrange o diagnóstico, a intervenção e avaliação do cuidado prestado. Os objetivos são: identificar os problemas de enfermagem, segundo a prioridade clínica-cirúrgica e dialógica, com o cliente e propor um plano de cuidados. Trata-se de um estudo de caso desenvolvido com um cliente em pré-operatório na Clínica Cirúrgica Masculina do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), internado com diagnóstico de IAC. Os dados foram coletados através de: observação sistemática, consulta ao prontuário e entrevista semi-estruturada, com identificação, causa da internação, seu estado geral de saúde, conhecimento da patologia e seu tratamento, patologias pregressas e avaliação do seu estado emocional. A utilização da teoria transcultural de enfermagem proposta por Leininger, com foco na prática e nos valores humanos, possibilitou a solução dos problemas surgidos: falta de conhecimento sobre a doença e a religiosidade extrema, que dificultavam a implementação dos cuidados de enfermagem. O diálogo e as orientações acerca da possibilidade de estabelecimento do quadro clínico foram essenciais, promovendo esclarecimento, alívio e conforto ao paciente. Ficou visível a necessidade da utilização dos modelos internacionais de sistematização do processo de enfermagem, para um atendimento qualificado e padronizado. Apesar da IAC ser um problema freqüentemente encontrado na prática, a produção científica sobre o tema ainda é escassa. Diversas são as ações de enfermagem que podem ser comumente descritas e aplicadas ao caso.
Palavras-chave: Processos de Enfermagem, Cuidados de enfermagem, Isquemia.
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