Os traumas são responsáveis por elevados índices de morbimortalidade em todo mundo abrangendo todas as faixas etárias, dentre estas destacamos a população infantil. Este fato vem despertando um maior interesse por profissionais da área da saúde com a finalidade de elaborar e executar ações preventivas. Os traumas pediátricos tornaram-se um problema de saúde pública, por causarem seqüelas físicas e efeitos psicológicos tanto para a criança como para a família devido ao processo de hospitalização. O estudo teve como objetivo avaliar as características epidemiológicas de crianças vítimas de acidentes atendidas em um hospital de emergência. Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo e de caráter exploratório, desenvolvido em um hospital público com referência no atendimento a acidentes e violências na cidade de Fortaleza-Ce. A amostra foi constituída de 214 pacientes na faixa etária de 0 a 12 anos de idade admitidos em decorrência de acidentes no ano de 2005. Os dados foram obtidos a partir de uma ficha de investigação epidemiológica do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia da instituição. Os aspectos éticos de acordo com a Resolução 196/96 de pesquisa realizada com seres humanos foram respeitados.Os resultados mostram que a maioria das vítimas acometidas ficaram consciente após o trauma (74,8%), sendo queda o principal tipo de acidente (38,8%) e o trauma de extremidades o mais prevalente (52,8%). Observou-se o predomínio do sexo masculino (74,3%), faixa etária de 6 a 12 anos (66,8%), procedência do interior (51,4%), e o ambiente extradomiciliar como o local de maior ocorrência (71,5%). Estiveram internados por um período de 8 a 15 dias (29%) e saíram por alta melhorado (93,9%). Enfatizamos a importância do enfermeiro na educação em saúde, através da orientação aos familiares e vítimas, quanto aos fatores de riscos, incentivando o uso de medidas mínimas e simples de segurança e proteção para prevenir novos acidentes.
Palavras-chave: crianças, acidentes, epidemiolog |