As Infecções Respiratórias Agudas (IRAs) constituem a principal causa de adoecimento em crianças de até 5 anos de idade, sendo foco constante de intervenções em saúde pública devido aos seus consideráveis reflexos na saúde dos infantes, destacando-se a pneumonia. Estudos indicam que uma em cada duas crianças pode estar acometida por uma doença respiratória, predispondo a outras infecções e complicações e podendo prejudicar o crescimento e o desenvolvimento infantil. Este trabalho trata-se de um estudo descritivo e exploratório, de natureza básica e abordagem quantitativa, com objetivo de analisar a morbimortalidade por distúrbios respiratórios entre os anos de 1996 e 2006 em Petrolina-PE. As informações foram coletadas no "DATASUS", banco de dados de âmbito nacional em meio eletrônico do Ministério da Saúde, e analisadas comparativamente ao perfil de Pernambuco. O estudo mostrou que apesar de ter ocorrido decréscimo da ordem de 50% em todo estado no número de óbitos por distúrbios respiratórios, houve em Petrolina duplicação do fenômeno no período analisado. A pneumonia liderou percentualmente a mortalidade sobre todas as outras patologias respiratórias. Entretanto, entre os anos de 2005 e 2006, a pneumonia, que era responsável por 54,9% das internações por distúrbios respiratórios, foi superada pela asma, esta equivalendo a 51,8% destas internações. A evolução temporal de morbidade hospitalar do SUS em menores de 4 anos mostrou que o decréscimo da incidência de pneumonia é mais notório que em outras afecções, como asma e bronquite/bronquiolite aguda. Neste intervalo etário, os mais acometidos em termos de mortalidade são os infantes entre 1 e 11 meses, sobretudo do sexo masculino. Apesar das inferências realizadas, destaca-se que o grande índice de informações ignoradas denota desdém de muitos profissionais frente à importância da alimentação fidedigna dos sistemas de informação.
UNITERMOS: Saúde da Criança; Doenças do Aparelho respiratório; Perfil Epidemiológico. |