O objetivo desta pesquisa foi conhecer a freqüência de Trichomonas vaginallis em mulheres atendidas em uma unidade básica de saúde na cidade de Patos-PB. O T. vaginallis é o agente etiológico da tricomoníase, a doença sexualmente transmissível (DST) não viral mais comum no mundo. A prevalência mundial anual da tricomoníase é de 170 milhões de casos (GERBASE, 1998). A infecção apresenta uma ampla variedade de manifestações clínicas, desde quadro assintomático até severa vaginite (BARRIO et al., 2002). As principais são: corrimento abundante, amarelado ou amarelo-esverdeado, bolhoso, com odor anormal; prurido e/ou irritação vulvar; disúria; colpite difusa e/ou local com aspecto de framboesa (BRASIL, 2006). A terapia inclui as mesmas medidas profiláticas destinadas às outras DSTs, como prática de sexo seguro e uso de preservativos (NEVES, 2005). Foi realizado um estudo retrospectivo utilizando o livro de protocolo de entrega de resultados de exames de citologia cérvico-vaginal na USF Ernani Sátyro, na cidade de Patos, Paraíba, sendo revisados 321 resultados no período de janeiro de 2005 a junho de 2007. Destes, foram coletados os dados das pacientes com T. vaginallis, independente de sua associação com outros microrganismos (n=37). Para a análise estatística utilizou-se o programa Epi-Info, versão 3.3.2. A prevalência de T. vaginallis no geral foi de 11,5%. A freqüência deste protozoário juntamente com a G. vaginallis prevaleceram em 62,2% dos casos; T. vaginallis + Cocos em 18,9%, T. vaginallis isoladamente 13,5% e T. vaginallis + Cocos + Lactobacilos em 5,4%. Observou-se uma correlação entre essa infecção e presença da bactéria G. vaginallis. A freqüência de T. vaginallis foi maior em mulheres de 14 a 19 anos de idade, indicando atenção especial por parte do profissional de enfermagem junto a adolescentes que se mostraram como a faixa etária mais acometida por essa DST.
Unitermos: Trichomonas vaginallis; Faixa etária; Prevalência |