Para que o idoso demenciado e sua família possam viver os diferentes estágios da doença de forma mais equilibrada possível é necessário o apoio profissional. Assim, os objetivos da pesquisa são: Descrever o modelo de cuidado de enfermagem das oficinas terapêuticas; Analisar a capacidade dos cuidadores em prestar cuidados aos idosos com dificuldade cognitiva e funcional antes e após a inclusão no programa; Discutir as contribuições das oficinas. Trata-se de uma pesquisa de abordagem quantitativa com estudo prospectivo realizado na dependências do projeto "A Enfermagem no Programa de Geriatria e Gerontologia da Universidade Federal Fluminense" (EPIGG/UFF), em Niterói. Foram acompanhados no período de 08/2006 a 03/2007, 11 idosos com Síndrome Demencial e 11 cuidadores. Até o momento, foram realizadas 18 reuniões com os idosos e 18 com os cuidadores. A coleta de dados está sendo realizada trimestralmente através da aplicação do Mini Exame do Estado Mental (MEEM), pela Escala de Depressão Geriátrica, Escala de Atividade Instrumental de Vida Diária e Escala de Atividade de Vida Diária (AVD), Teste do Relógio e Teste de Evocação de Palavras. A amostra dos pacientes apresentou idade média de 75,6 anos e foi predominantemente feminina, o tempo médio da doença apresentado foi de 4,2 anos. Em relação aos cuidadores, 91% são mulheres sendo 45% filhas e 27% cônjuges. Foram realizadas atividades de socialização, regate e valorização das reminiscências e identidade pessoal,estimulação cognitiva e sensório motora. Analisando o MEEM (pré, pós-1 e pós-2), entre outros testes, observou-se que 7 participantes mantiveram seus resultados, demonstrando estabilização no quadro, 4 participantes diminuíram os resultados em variações máximas de 4 pontos, apontando a manutenção de suas habilidades cognitivas, com baixo déficit de perda. Assim, é percebida a importância que a estimulação de atividades que promovem o autocuidado têm na estabilização do quadro demencial e manutenção das AVDs. |