Segundo dados consensuais divulgados em 1998, por entidades médicas, a incidência de hipertensão arterial dos adolescentes brasileiros está entre 6% e 8%. São considerados fatores de risco para esta faixa etária: herança familiar, obesidade, doenças associadas como diabetes, sedentarismo, ingestão de sal e gordura, consumo de drogas, álcool e tabaco, além de aspectos emocionais como irritação, raiva e estresse. Ao entrar no mercado de trabalho, o adolescente, fica sem tempo para práticas esportivas e exposto a ambientes que propiciam tensão, agravando a situação. O objetivo do trabalho foi aferir a pressão arterial dos adolescentes, entre 12 e 19 anos, para verificar alterações de pressão arterial nesta faixa etária. O estudo foi realizado com adolescentes que visitaram o 1º Feirão da Saúde, realizado em Três Lagoas-MS. Os acadêmicos de enfermagem aferiram a pressão arterial dos participantes assentados e utilizando: esfigmomanômetro aneróide previamente calibrado (tamanho padrão - 12 cm) e estetoscópio de uso adulto. Os parâmetros estabelecidos para considerar hipertensão foram: pressão arterial sistólica acima de 135 mmHg e pressão arterial diastólica acima de 80 mmHg. Foi verificado a PA de 71 adolescentes. Em Três Lagoas, os resultados demonstram que 14% da amostra apresentaram alteração no valor da pressão arterial. Destes, 4,22% com alteração na pressão arterial sistólica e 9,78% na diastólica. A predominância foi do sexo masculino, sendo 71,5% com alterações na pressão arterial sistólica e 66,7% na diastólica. Daqueles que apresentaram alterações, 60% residem próximo à região central do município. Com os resultados obtidos se faz necessário novas pesquisas, implantar programas educativos e incluir a aferição de PA nas consultas dos adolescentes, visto que a pressão arterial acima do normal na adolescência é um fator prognóstico para hipertensão na idade adulta. Palavras-chave: pressão arterial, hipertensão, adolescente. |