Anais - 10º CBCENF

Trabalhos

Título TERAPIA INSULÍNICA: UMA PRÁTICA EM OBSERVAÇÃO
Autores
UIRÁ DUARTE WISNESKY (Relator)
SUELLEN DE SOUZA BRITTO
VINICIUS DE FIGUEIREDO LOPES
SUELY LOPES AZEVEDO
JULIANA DE OLIVEIRA ARAUJO
Modalidade Poster

Resumo
O presente estudo é uma pesquisa em andamento e está com os dados parciais recolhidos e analisados, e reflete uma consideração sobre o diabetes mellitus (DM) que é substanciada como uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade da insulina exercer adequadamente seus efeitos. Caracteriza-se por hiperglicemia crônica com distúrbios do metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas. Dados do Ministério da Saúde (BRASIL, 2004) relatam que, aproximadamente, 7,6% da população do Brasil possui diabetes e, que a doença é considerada um problema de saúde universal, pois afeta populações de países em todos os estágios de desenvolvimento. A patologia é admitida como um problema de saúde pública que compromete a qualidade de vida, produtividade e sobrevida dos indivíduos, envolvendo custos elevados para sua terapêutica e controle. Desta forma, surgiu o interesse pelo tema insulinoterapia, que nos fez pesquisar sobre a insulina e se poderia existir algum tipo de contaminação trazida por fatores externos à solução, visto que o grau de pureza de sua fabricação é algo inquestionável. Assim, para atender a expectativa desta pesquisa traçamos como objeto do estudo: a identificação do risco de contaminação do frasco-ampola e das seringas de insulina reutilizadas pelo cliente diabético. Após levantamento bibliográfico em bancos de dados eletrônicos e em artigos periódicos evidenciamos que alguns estudos que envolviam a cultura de restos de insulina de pacientes que reutilizavam seringas descartáveis não foram observados crescimento de microorganismos e não foram observadas complicações locais ou sistêmicas (HISSA, MONTENEGRO, COLARES, 1987). Justifica-se isto à exclusividade no uso do material e a presença de aditivos bacteriostáticos na insulina como o metacresol, fenol e glicerol, que inibem o crescimento bacteriano. Porém, o fenol tem ampla ação - é considerado anti-séptico, desinfetante e fungicida, mas pouco efeito contra esporos e sua eficácia diminui em meio alcalino - a pele tem pH de 5 a 6 contudo pode se tornar alcalina após repetidas lavagens , baixas temperaturas e presença de material orgânico como sangue. O metacresol é considerado desinfetante, anti-séptico tópico, antifúngico e insolúvel em glicerol e água, atua como bacteriostático até 0,03%, e no caso das insulinas contêm 0,16%. O glicerol, apesar de ser usado como emoliente e lubrificante, também possui ação antimicrobiana fraca, pois sua formulação contém moléculas de álcool. Ressalta-se ainda que a soma dos aditivos para controlar a proliferação de microorganismos, não leva em consideração o pH da insulina - que é 7, visto que pode facilitar o crescimento de certas bactérias, como as neutrófilas, acidófilas e alcalinófilas, que se adaptam a meios orgânicos que tenham pH entre 5 e 9. Sabe-se inclusive que alguns estudos indicam a presença de microorganismos no instrumental decorrente da prática de reutilização e há o risco de produzir infecções locais nos sítios de administração de insulina, e que essas alterações bacteriológicas no instrumental reutilizado, é feita por estafilococos epidermidis e bacillus sp, considerados pertencentes da microbiota da pele. Ainda sim, pesquisadores destacam que na literatura internacional e nacional são mostrados índices zero ou baixos de contaminação, porém, o que preocupa é que os estudos analisados enfocam diferentes metodologias e variáveis gerando dificuldades nas comparações. Todavia, há alterações físicas da agulha, assim elas apresentam após reuso rombudez, deformidades e há a perda de nitidez da escala de graduação da seringa. Com estes fatos expostos será analisado em conjunto o frasco-ampola e a seringa descartável, assim como e o custo - beneficio da reutilização. Elegemos como objetivos do estudo: caracterizar os portadores de diabetes mellitus segundo variáveis sócio-econômicas, reutilização de seringas e agulhas e as medidas adotadas pelo cliente em relação ao armazenamento e tra