Anais - 10º CBCENF

Trabalhos

Título RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ATIVIDADES DE PROMOÇÃO À SAÚDE EM ESCOLAS COM FILMES INFANTO-JUVENIS
Autores
JULIANA PEREIRA DE ALMEIDA (Relator)
VANUSA DE LEMOS ANDRADE
MÁRCIA ISABEL GENTIL DINIZ
DANIELE MARINS
Modalidade Poster

Resumo
Há dificuldades na assimilação de conceitos de promoção em saúde por crianças e adolescentes; não basta apenas transmitir informações, é necessário que se constituam em aprendizagens significativas. Desta forma, a utilização de histórias e vídeos infantis e juvenis colabora com a promoção da saúde junto a estes segmentos. Tal atividade vem sendo implementada no Projeto de Extensão/UFF desde 2006, nas escolas, creches e comunidades em Niterói/RJ, com a Coordenação da docente da disciplina Enfermagem em Saúde Coletiva I/EEAAC/UFF/MEP. Utilizou-se a Pesquisa-Ação como metodologia, de forma qualitativa, desenvolvendo o referencial teórico fundamentado em Paulo Freire in Berbel (1993), quanto à pedagogia da problematização e metodologia participativa e dialogal. A pedagogia da problematização freireana considera que o indivíduo conhece realmente algo quando é capaz de transformar sua realidade a partir de sua inserção na mesma. Utilizamos o referencial da promoção da saúde conforme as diretrizes estabelecidas pela Carta de Ottawa (OMS, 1986) e pautadas no desenvolvimento das potencialidades humanas e de transformação da realidade. Reportando-nos à promoção da saúde, tem-se o incremento do poder (empowerment) comunitário e pessoal, através de desenvolvimento de habilidades e atitudes, para atuar em prol de sua saúde e favorecendo a consciência crítica. O método educativo de Paulo Freire é uma relevante contribuição para estes programas comunitários, denominando-se empowerment education (Pereira, 2003). Concluímos que a utilização desses recursos didáticos possibilita a construção de conceitos e concepções de saúde; tornando os atos de historiar/debater recursos de sensibilização, posto que o ato de contar e ouvir histórias e ver/discutir vídeos fazem parte da realidade do mundo infanto-juvenil, entretanto não são habitualmente "trabalhados" pelas famílias e/ou instituições escolares.