Estudo de natureza qualitativa descritiva que teve como objetivo conhecer a representação social dos portadores de "pé diabético". É uma temática que desperta grande interesse, pois as feridas crônicas, como os casos de "pé diabético" vêm se tornando um problema de saúde pública, que se agrava com o envelhecimento da população. Esta pesquisa tem caráter descritivo, uma vez que se pretende conhecer o cotidiano e as dificuldades dos portadores de "pé diabético". O cenário do estudo foi o Hospital do Pronto Socorro Municipal Dr. Humberto Maradei Pereira, localizado no bairro do Guamá, Belém - PA, sendo o local da coleta de dados o domicílio de cada informante. Fizeram parte do estudo cinco pessoas, sendo quatro homens e uma mulher, com idade entre 57 e 91 anos. Para apreender as representações sociais dos informantes, foi utilizada a técnica da associação livre de palavras e a aplicação de um instrumento de coleta de dados composto de duas partes: a primeira, destacando o perfil sócioeconômico-cultural do informante, e a segunda, correspondente a uma entrevista semi-estruturada composta por quatro perguntas abertas. Para organizar e analisar os dados foram aplicadas as técnicas de análise de conteúdo, procedendo-se uma análise temática, baseada nas respostas dos informantes e com o auxílio de referências bibliográficas, à luz do referencial teórico-metodológico dos conceitos das Representações Sociais. Os dados obtidos a partir da associação livre de palavras, juntamente com as falas extraídas das entrevistas, possibilitaram o agrupamento de informações em quatro categorias: déficit de autocuidado, deambulação prejudicada, déficit de conhecimento e associação à crença religiosa.
Unitermos: Diabetes mellitus, Representação social, "Pé diabético"
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