Palavras-chave: Transmissão Vertical; HIV; Alimentação.
O Ministério da Saúde preconiza diversas medidas profiláticas para reduzir a transmissão vertical (TV) do HIV. Após o parto, as recomendações são centralizadas na criança, orientando-se a exclusão da amamentação natural, onde o bebê deverá desde o nascimento ser alimentado com a fórmula Láctea infantil, diluída adequadamente. A partir do 2º mês de vida há necessidade da introdução na dieta de suco de frutas e a partir do 4º mês dever ser acrescentado ao cardápio: cereais ou tubérculos, legumes, verduras, carne ou frango. No entanto, para que essa alimentação artificial supra as necessidades nutricionais, ela deverá ser ofertada em quantidade, freqüência e qualidade adequadas à faixa etária em que se encontra a criança. Objetivou-se avaliar a alimentação de crianças nascidas de mães soropositivas ao HIV com até 6 meses de idade. Utilizou-se entrevista semi-estruturada com 18 mães HIV+, de agosto de 2006 a janeiro de 2007. Observou-se que 15 mães diluíam corretamente o leite, enquanto 2 estavam hipoconcentrando-o. Treze informaram a quantidade ofertada corretamente e 3 erroneamente. Uma mãe declarou freqüência incorreta, sendo acima da recomendada. Quanto à introdução de outros alimentos: 10 fizeram-na adequadamente; 8 inadequadamente, sendo 6 em atraso e 2 precocemente. Do observado, conclui-se que vários desses lactentes estavam sendo alimentados deficitariamente em um momento em que a resposta imunológica do organismo é fator importante no desenvolvimento ou não da infecção pelo HIV. Depreendem-se como principais motivos para alimentação inadequada: a falta de informação das mães e as dificuldades econômicas enfrentadas por essa clientela. A enfermagem pode contribuir para mudar essa realidade orientando a gestante e/ou a puérpera com HIV/aids sobre a alimentação artificial de seu filho, para que sejam asseguradas perfeitas condições de crescimento e desenvolvimento. |