OBJETIVOS:
Conhecer através de uma análise comparativa a incidência de partos normais e cesários nas redes pública e particular e os possíveis fatores que levam à divergência nos resultados encontrados entre elas.
REFERENCIAL TEÓRICO:
DINIZ, CARMEM S. G., Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento, FSP-USP, 2005.
METODOLOGIA: Realizado estudo transversal quali-quantitativo em 02 instituições que realizam partos pela rede pública e particular. A amostra quantitativa é referente aos números dos fechamentos mensais dos tipos de parto e a qualitativa refere-se às entrevistas feitas com as parturientes. Amostras coletadas no período de outubro/2006 a maio/2007.
ANÁLISE DOS RESULTADOS: Foram realizados 1.076 partos nas 02 instituições, sendo que 920 partos (85,5%) foram feitos pela rede pública e 156 (14,5%) pela rede particular. Nos partos realizados pela rede pública, 520 foram partos normais (56,5%) e 400 foram cesarianas (43,5%). Na rede particular, foram realizadas 134 cesarianas (85,9%) e 22 partos normais (14,1%).
Através de entrevistas com as parturientes observa-se que as gestantes da rede particular têm uma participação maior nas escolhas dos tipos de parto que as gestantes da rede pública.
CONCLUSÕES: Através da análise dos dados coletados pode-se notar uma divergência quanto ao tipo de parto predominante entre as redes. Foram observados alguns fatores que podem levar a essa divergência, sendo os dois principais:
- As leis de incentivo do Ministério da Saúde ao parto normal através do PHPN;
- O programa de incentivo financeiro às instituições que aderem ao parto humanizado, oferecido pela UNICEF.
Através das entrevistas com as parturientes pode-se concluir também que, apesar das excelentes orientações quanto às vantagens do parto normal, a grande maioria das gestantes da rede particular opta pela cesariana para evitar passar por longos e dolorosos períodos de trabalho de parto.
UNITERMOS: Partos, tipos, freqüência. |