Aline Coelho Fontes¹; Leda Alves da Silva¹; Rebeca Castro¹; Vanúbia Dias Cordeiro¹; Rosângela Durso Perillo².
A partir de uma revisão histórica das mudanças ocorridas nos modelos de saúde no Brasil destacou-se neste trabalho o Modelo Médico-Assistencial-Privativista e o Programa de Saúde da Família. Objetivou-se caracterizar a população usuária do PSF no Município de Belo Horizonte (nos Distritos Sanitários Centro-Sul, Leste e Oeste) quanto à procura pelos serviços de saúde e o conhecimento sobre o modelo atual de saúde - PSF. Trata-se de um estudo descritivo desenvolvido através de entrevistas com 40 usuários que freqüentavam o PSF. As entrevistas foram realizadas no período de 13 a 31 de outubro de 2006, de forma aleatória, através de uma pesquisa dirigida, previamente autorizada por um termo de consentimento. Como referencial teórico a pesquisa partiu de estudos realizados por COSTA (2003); Costa & Carbone (2004); AGUIAR E MOURA (2004). A análise dos dados mostrou que, dos 40 usuários, 70% eram do sexo feminino e 30% do sexo masculino; 35% tinham o ensino médio completo; 47,5% eram casados; e 60% com renda até três salários mínimos. Quanto ao conhecimento do PSF, 35% relataram não conhecer o PSF; 10% conhecem, mas não sabiam relatar as funções exercidas e 55% conhecem e relataram suas atividades. Dos 40 usuários, 65% relataram procurar o serviço de saúde somente quando já estão doentes e apenas 35% buscam a prevenção de doenças. Constatou-se que ainda existe uma alta procura pela prática assistencial voltada à assistência curativa. Todavia, é compreensível, uma vez que a quebra do paradigma do setor de saúde proposta pelo PSF implica em mudanças de costumes e valores culturais que imperou durante décadas.
Palavras chaves: PSF, Modelos Assistenciais, Políticas de Saúde.
1- Acadêmicas do 6º período de Enfermagem Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix.
2- Mestre em Enfermagem, professor do Departamento de Enfermagem do Centro Metodista Izabela Hendrix.
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