RESUMO: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é a mais comum das doenças cardiovasculares, sendo o principal fator de morbidade e mortalidade relacionadas a complicações como acidente vascular encefálico, infarto agudo do miocárdio e doença renal crônica, por isso é considerada grave problema de saúde pública (BRASIL, 2006)¹. Seu caráter assintomático dificulta o diagnóstico clínico e a adoção de uma conduta terapêutica, contribuindo ainda, para a baixa adesão dos pacientes ao tratamento. OBJETIVO: Estabelecer o perfil de hipertensos a fim de avaliar a situação social e biológica a que estão submetidos. MÉTODOS: A Equipe de Saúde da Família do bairro Izidro Pedroso de Dourados realiza o cadastro dos portadores de HAS no programa Hiperdia, o qual forneceu dados sobre fatores de risco, presença de complicações e medicamentos usados. A elaboração deste trabalho baseou-se em normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). RESULTADOS: Foram entrevistados 70 hipertensos, sendo 26 (37,1%) do sexo masculino e 44 (62,9%) do feminino. Cerca de 50% está na faixa etária de 60 anos ou mais. Todos realizam terapia medicamentosa, sendo que do total, 57,1% apresentaram pressão arterial superior a 130x80mmHg. Os medicamentos de maior prevalência foram os diuréticos (40,9% Hidroclorotiazida e 4,3% Furosemida), seguidos pelos inibidores da enzima conversora de angiotensina (32,2% Captopril e 5,4% Enalapril) e os betabloqueadores (12,9% Propanolol). CONCLUSÃO: Mesmo os pacientes adotando o uso de medicamentos como medida prioritária no controle da HAS, observa-se que hábitos saudáveis como controle de peso, prática de atividade física regular, alimentação adequada, redução do alcoolismo e tabagismo são de grande importância na garantia de uma boa qualidade de vida aos hipertensos.
UNITERMOS: Hipertensão arterial; Saúde pública; Hiperdia.
¹ BRASIL. Ministério da Saúde. Controle da Hipertensão Arterial Sistêmica. Cadernos de Atenção Básica à Saúde. Brasília, 2006. |