Anais - 10º CBCENF

Trabalhos

Título O DESAFIO DE SENSIBILIZAR: ARTICULANDO A REDE DE ATENÇÃO À MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA EM PETROLINA-PE
Autores
JÉSSYCA NATHIELLY BARBOSA SANTOS (Relator)
ALINE OLIVEIRA DOURADO
CLÁUDIO CLAUDINO DA SILVA FILHO
NADIRLENE PEREIRA GOMES
NORMÉLIA MARIA FREIRE DINIZ
Modalidade Poster

Resumo
Apesar das conquistas do movimento feminista adquiridas nas últimas décadas, tais como as Delegacias da Mulher, as Casas Abrigos e as mudanças na legislação vigente, a assistência à mulher vítima de violência ainda está muito aquém, e um dos fatores reside na falta de articulação das instituições que lidam com a mulher vitimizada, o que acarreta num atendimento fragmentado. Vale salientar que além da falta de articulação, há o fato dos profissionais não encontrarem-se sensibilizados para prestar atendimento humanizado a essa mulher, favorecendo uma (re)vitimização, caracterizada pela violência institucional. Nesse contexto, o estudo teve como objetivo organizar o fluxo de atendimento à mulher vítima de violência no município de Petrolina-PE. Utilizou-se, inicialmente, encontros semanais de sensibilização englobando as várias instituições que assistem às mulheres e seus respectivos representantes. Dentre os aspectos discutidos, podemos pontuar: a categoria gênero, a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340, de 07 de Agosto de 2006), a necessidade de notificação compulsória da violência (Lei Ministerial nº 10.778, de 24 de Novembro de 2003, e Lei Municipal nº 1.113, de 27 de Dezembro de 2001), bem como de uma ficha de encaminhamento que garanta o atendimento em Rede. As instituições presentes apresentaram os serviços que disponibilizam, esclarecendo suas limitações. Esta experiência possibilitou a sensibilização no sentido em que se conheceu a realidade de cada serviço e a necessidade de organização do fluxo a partir da articulação entre estes para assistência de qualidade. Logo, percebe-se que para articular a Rede de atendimento é necessário que os múltiplos órgãos de acolhimento à mulher conheçam-se mutuamente, e lancem mão da intersetorialidade no acompanhamento biopsicossocial da usuária, de modo a percebê-la de forma holística. UNITERMOS: violência doméstica e sexual contra a mulher; assistência integral à saúde da mulher; grupos de treinamento de sensibilização.