Anais - 10º CBCENF

Trabalhos

Título PERFIL DOS PORTADORES DE HIV/AIDS PARTICIPANTES DE GRUPO ABERTO E ANÁLISE SOBRE O ATENDIMENTO.
Autores
ÊNIA COSTA (Relator)
MARLI TERESINHA GIMENIZ GALVÃO
JULYANA GOMES FREITAS
ANTÔNIO LIMA SANTANA DA COSTA JÚNIOR
RAQUEL CAVALCANTE MOTA
Modalidade Poster

Resumo
Palavras-chave: HIV/aids, grupo aberto, assistência de enfermagem. Dentre as experiências relatadas sobre atendimento em grupo para portadores do HIV, destaca-se a do grupo aberto. Esta técnica grupal permite a identificação e o levantamento de opiniões que refletem as características peculiares do grupo em intervalo curto de tempo, além de funcionar como espaço relevante para troca de experiências e educação em saúde. Objetivou-se traçar perfil de portadores de HIV/aids participantes de grupo aberto e analisar o interesse relatado pelos mesmos em relação ao grupo. Estudo exploratório, realizado de agosto de 2006 a junho de 2007, em ambulatório de hospital universitário de Fortaleza-Ce, onde se desenvolve grupo semanal com participação espontânea dos portadores e seus acompanhantes, com duração de 60 a 90 minutos. Para o desenvolvimento do grupo, os facilitadores utilizam como abordagem o relacionamento terapêutico. No período, desenvolveu-se 38 reuniões com a participação de 203 indivíduos (179 portadores e 24 acompanhantes). Para este estudo analisou-se: sexo, idade e tempo de diagnóstico. Entre eles, observou-se 134 homens e 69 mulheres com idades entre 16 a 73 anos. O tempo médio da descoberta do diagnóstico de HIV/aids entre os pacientes era de dois anos. Observou-se retorno voluntário dos portadores ao longo do tempo no grupo cujos relatos revelavam que a participação no grupo permitiu melhorar o enfrentamento de diversas situações frente ao HIV/aids, além de demonstrarem o desejo de compartilhar vivências e a criação de vínculo com demais participantes e facilitadores. Conclui-se, ressaltando a importância da abordagem grupal como forma dinâmica de lidar com portadores de HIV/aids e suas principais dificuldades frente à doença incurável e estigmatizante. A atuação da enfermagem também merece destaque, pois através do desenvolvimento de trabalho em grupo não perde o foco holístico de perceber o ser humano.