Anais - 10º CBCENF

Trabalhos

Título ATITUDES DE PUÉRPERAS DURANTE A AMAMENTAÇÃO: COMO AGEM E INTERAGEM AS MULHERES RECIFENSES?
Autores
SUED SHEILA SARMENTO (Relator)
CARLA TALITA DE MELO CLAUDINO
CLÁUDIO CLAUDINO DA SILVA FILHO
DANIELLE XAVIER DOURADO
LUCIANA PEDROSA LEAL
Modalidade Poster

Resumo
Apesar de todo o incentivo em torno da amamentação, a prevalência e a duração do aleitamento materno continuam distantes do ideal preconizado. Aliada a isso, a técnica de sucção inadequada é fator importante de desmame precoce, por levar a desconforto para a criança e a escoriações e fissuras mamárias na nutriz. Dessa forma, um importante pilar no manejo da lactação, que tem papel básico na prevenção de problemas, é a aprendizagem de como amamentar, com ênfase no posicionamento, pega e sucção efetivas. Nesta perspectiva, este estudo transversal, descritivo e qualiquantitativo, possui como estratégia metodológica a observação participativa e tem por objetivo geral analisar a técnica e a interação mãe-bebê durante a amamentação. A observação da mamada foi orientada por um instrumento modificado por Figueira et al. (2004). A amostra constituiu-se por 50 nutrizes que procuraram a consulta de egresso em um ambulatório de puericultura de um hospital-escola, situado no bairro da Cidade Universitária, no município de Recife-PE, durante o mês de junho de 2006. Os critérios de elegibilidade foram: estar com até 15 dias de pós-parto e ser mãe de recém-nascido a termo. O estudo mostrou que 62% das nutrizes oferecem ambas as mamas; 86% amamentam em livre demanda; e 72% ofertam o leite posterior às mamadas. Quanto à posição e pega durante o aleitamento, 59,5 % e 51,4%, respectivamente, as fizeram de maneira adequada. A interação mãe-bebê aparentou-se satisfatória em 80% dos momentos observados. Avalia-se que a despeito de percentuais satisfatórios na maioria das variáveis, os aspectos técnico-interacionistas devem ser mais trabalhados para minimizar o desmame precoce por inadequações na mamada, sobretudo no tocante à pega (48,6% inadequadas). Logo, o aleitamento não deve ser instigado apenas como um processo fisiológico de nutrição, mas envolver padrões mais amplos de comunicação psicossocial entre a mãe e bebê. UNITERMOS: mulheres; amamentação; relações mãe-filho.