Há estudos que apontam à existência de fatores determinantes que levam ao desconforto emocional em crianças frente à hospitalização. Dentre esses: à doença, não familiaridade com o ambiente hospitalar, separação criança-família, idade da criança dentre outros. Esses sentimentos podem ser aliviados a partir da existência de vínculos estruturadores entre a família, a crianças e os profissionais de saúde. Assim, esta pesquisa tem como objetivo analisar a compreensão dos profissionais de saúde sobre a importância de atividades lúdicas em hospitais pediátricos. O desenvolvimento da pesquisa realizou-se num Hospital Público Pediátrico conveniado ao SUS da cidade de Juazeiro-BA. A população da pesquisa foi composta por 20 profissionais da área de saúde que atuam neste hospital. A pesquisa foi qualitativa fenomenológica tendo como técnica de coleta de dados utilizou-se a entrevista semi-estruturada. Após a coleta dos dados realiza-se uma análise fenomenológica através da literalização das entrevistas. Nesse contexto, emergiram informações, sobretudo a partir do tema do lúdico como instrumento no âmbito hospitalar, tendo esse no mínimo três perspectivas diferentes: a partir da visão dos profissionais com relação a si próprios; com relação às crianças; e com relação aos familiares. Foi possível compreender que de forma recorrente, a presença do lúdico nas narrativas apresentadas foi visto como um instrumento de distração, afastamento da dor, como procedimento de fuga frente à doença e ao processo de adoecimento. Foi sistematicamente presente a idéia de que há necessidade de se implementar um espaço para o lúdico dentro do hospital, com o intuito de ajudar a criança a suportar o momento de sofrimento em que se encontra. Priorizam-se os brinquedos, artefatos e instrumentos que façam com que se desloquem à atenção do sofrimento para a brincadeira, o lúdico.
UNITERMOS: Lúdico, Profissionais de saúde.
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