Anais - 10º CBCENF

Trabalhos

Título PERFIL DA ASSISTÊNCIA À PARTURIENTE NA CIDADE DE CAMPINA GRANDE - PB
Autores
SAMIRA MARIA OLIVEIRA ALMEIDA (Relator)
ANA CARLA DE OLIVEIRA
Modalidade Poster

Resumo
Progressivamente, o ato fisiológico de parir e nascer passou a ser visto como patológico, privilegiando-se a técnica medicalizada e despersonalizada, em detrimento do apoio e carinho à mulher que vivencia essa experiência. Assim este estudo tem como objetivos mapear os serviços disponíveis que prestam assistência à parturiente na cidade de Campina Grande; reconhecer os tipos e o número de partos realizados; identificar e caracterizar os profissionais que prestam assistência na sala de parto. O estudo tem abordagem quantitativa, do tipo exploratório-descritivo e transversal seguindo as normas da ABNT. A pesquisa foi realizada em uma maternidade pública. Foram coletados dados secundários obtidos em mapas diários e relatórios do serviço por meio de formulário além da observação dos participantes. Os dados foram tabulados no programa Excel, tratados com a estatística descritiva e apresentados em tabelas e gráficos. Foi verificado na análise dos dados, que os tipos de parto realizados são parto normal e parto cesáreo, tendo uma elevada porcentagem deste tipo de parto, alcançando uma taxa de 37,16% ao mês. Quanto à caracterização dos profissionais pesquisados, pode-se concluir que a maioria deles são do sexo feminino; estado civil, casado; têm em média 42,5 anos de idade e possuem de 1 mês a 4 anos trabalhando no setor da obstetrícia. Com relação à presença dos profissionais na sala de parto, observou-se que as mulheres permanecem muito tempo isoladas, sem respostas a sua ansiedade e dor. Neste sentido, o ser humano, ao ser hospitalizado, pode vivenciar o chamado processo de despersonalização, deixando de ter significado "próprio" para ser alvo de significações "objetivas", relacionadas com o diagnóstico médico. Assim, faz-se necessário perceber que, frente ao isolamento e à despersonalização, a equipe deve oferecer afeto, atenção, palavra de conforto, dignidade e segurança, para que a mulher possa se sentir "viva" e participante de seu tratamento.