A violência contra a mulher é um problema social presente em todo o mundo e em diversas classes sociais, pode ter diferentes causas e se apresentar de formas variadas, estando diretamente relacionada às questões de gênero, uma vez que as regras da sociedade há muito, colocavam a mulher numa posição submissa ao homem. Este trabalho visa mostrar a importância da capacitação da equipe de enfermagem da atenção básica e dos agentes comunitários de saúde a fim de identificar a violência contra a mulher, visto que são estes profissionais que têm um contato mais direto com a comunidade. Nesse contexto, os serviços básicos de saúde são importantes na detecção do problema, porque têm em tese, uma grande cobertura e contato com as mulheres, podendo reconhecer e acolher o caso antes de incidentes mais graves, entretanto, não estão preparados para atender e os profissionais não se sentem aptos para diagnosticar e intervir nesses casos, seja pela ausência de uma formação adequada, seja pela dificuldade de "invadir" um espaço que eles ainda consideram do âmbito privado. A equipe do Programa Saúde da Família (PSF) tem por prioridade tratar o indivíduo em sua integralidade, prevenindo, promovendo e tratando doenças danos ou sofrimentos que possam comprometer a saúde dos indivíduos. Portanto, deve estar atenta para identificar e intervir de forma solidária em situações de violência doméstica. No entanto, fatores como a insensibilidade e a falta de capacitação dos profissionais de saúde, a tendência à medicalização dos casos e a pouca articulação entre os diferentes setores da sociedade, tornam o problema ainda mais complexo e de difícil abordagem. Assim a importância de capacitar estes profissionais para que estejam sensíveis para diagnosticar e intervir de maneira humanizada, estando atentos a todas as necessidades básicas tanto na área física como psicológica.
Unitermos: Programa de Saúde da Família, Saúde, Violência contra a mulher.
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