Trata-se de pesquisa exploratória-descritiva, abordagem quantitativa, com objetivo de identificar necessidades de atenção à criança e adolescente em situação de risco social relacionadas ao conhecimento sobre comportamento e fatores que favorecem atividades sexuais inseguras e infecções sexualmente transmissíveis (IST).A população foi constituída de crianças (7 a 12 anos) e adolescentes (13 a 17) do sexo feminino em situação de vulnerabilidade social, o plano de amostragem foi probabilístico, seleção aleatória simples, tendo como critério de exclusão, aquelas que não iniciaram vida sexual.Constituído de 5 meninas (7 a 12 anos) e 9 (13 a 17).Local do estudo foi ONG do Recife, que atende uma clientela diária de 100 meninas com serviços de assistência saúde e social. Na coleta dos dados foram utilizadas entrevista estruturada, observação em consultas de enfermagem.A análise comprovou que 4 meninas tinham filhos sendo que 3 com relacionamento estável e 7 tiveram início de vida sexual a partir dos 12 anos. Atividade sexual de 9 meninas nos últimos 12 meses aconteceu com 3 a 5 parceiros, sendo que 8 meninas não usavam nenhum método de prevenção contra IST. Deste grupo 8 meninas relataram ter tido IST e somente 6 fizeram tratamento médico.Sobre antecedentes de abuso sexual 4 afirmaram positivamente. Todo o grupo (14 meninas) relatou o uso de preservativo para sexo seguro.Em relação a sinais e sintomas de IST foram citados: corrimento e prurido vaginais, fendas e verrugas genitais, sangramento e dores no ato sexual. O conhecimento das formas de transmissão citadas por todas foi o ato sexual e também beijo, uso de banheiro público e assento de ônibus. Consideramos que embora o estudo tenha sido realizado com uma amostra reduzida os resultados demonstram os riscos a que estão expostas as adolescentes e a importância da orientação em saúde voltada a prevenção da IST.Unitermos:Saúde adolescente.Vunerabilidade social.Doença sexualmente transmissível. |