INTRODUÇÃO: A malformação de Arnold-Chiari tipo I é a ectopia das amídalas cerebelares, numa extensão média de 5 mm abaixo do forame magno, podendo as tonsilas ascenderem com o aumento da idade. Trata-se de uma afecção neurológica congênita que pode permanecer assintomática até a idade adulta, quando pode surgir sinais de disfunção cerebelar, dos nervos cranianos inferiores, tratos piramidais e colunas posteriores; e sintomas, que variam com a disfunção da medula espinhal cervical, compressão primária do tronco cerebral ou cerebelo, tais como: ataxia, nistagmo, paralisia bulbar, atrofia da língua, alterações respiratórias, paresia e espasticidade em membros. Podem estar presentes brevicólis e hidrocefalia. O diagnóstico médico é dado através de avaliação clínica e ressonância magnética. Em alguns casos indica-se correção cirúrgica e aumento do forame magno. OBJETIVOS: articular prática-teoria, elaborar um plano assistencial de enfermagem para um portador da síndrome. METODOLOGIA: relato de um caso acompanhado durante a disciplina clínica avançada no setor de neurologia de um hospital universitário, constando de: revisão de literatura, história clínica do paciente e plano assistencial de enfermagem. RESULTADOS: principais diagnósticos de enfermagem: medo e ansiedade; distúrbio da imagem corporal relacionado à atrofia de alguns músculos; risco de quedas e lesões relacionadas à marcha, equilíbrio, paresia e espasticidade. As prescrições e orientações buscaram minimizar os efeitos da doença e manter um nível de independência compatível com os déficits neurológicos instalados. CONCLUSÃO: A progressão sindrômica acarreta importantes limitações das atividades diárias, exigindo modificações de hábitos. Dessa forma, julgamos de grande valia o planejamento de uma assistência de enfermagem sistematizada visando capacitar o paciente e a família para o autocuidado. |