A insuficiência mitral é considerada uma doença cardíaca comum, grave e de difícil controle. Para o tratamento cirúrgico, é necessário escolher o tipo de valva: mecânica, que aumenta o risco de formação de coágulos sangüíneos, necessitando do uso de anticoagulantes por um período indeterminado; ou biológica, que não acarreta este risco, mas tem menor duração do que as válvulas mecânicas. Objetivou-se considerar os principais diagnósticos de enfermagem em uma paciente em idade fértil no pré-operatório de troca de valva mitral. Trata-se de um estudo de caso, desenvolvido em um hospital de cardiologia, Fortaleza-Ceará. A participante foi uma paciente do sexo feminino, com 23 anos, que estava no pré-operatório da segunda troca de valva mitral, devido estenose decorrente de febre reumática. Para coleta de dados, utilizou-se uma entrevista semi-estruturada e o exame físico, com verificação dos sinais vitais. A análise ocorreu com a leitura dos dados e organizados conforme a semelhança dos mesmos. Os aspectos éticos e legais seguiram as recomendações da resolução de 196/96. A paciente possui como características: solteira, acadêmica de enfermagem, sem filhos, natural do interior do Ceará. As manifestações clínicas eram: dispnéia, taquicardia, sopro cardíaco, tosse seca e fadiga. Principais diagnósticos de enfermagem: ansiedade relacionada com cirurgia, conflito de decisão relacionada com a escolha do tipo de válvula, interação social prejudicada relacionada com cicatriz na região retroesternal. Diante desses diagnósticos, percebe-se a importância da assistência de enfermagem, embasada em orientações acerca das vantagens e desvantagens da valva biológica e mecânica, bem como abordar o estilo de vida que deverá ser seguido após o implante da mesma. Essas orientações devem ser intensificadas para mulheres em idade fértil, visto que os anticoagulantes utilizados em caso da valva mecânica ocasionarão riscos à vida da paciente em caso de gestação. |