Título | ATUAÇÃO DA ENFERMEIRA OBSTETRIZ NAS CASAS DE PARTO | ||
Autores |
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Modalidade | Comunicação Coordenada | ||
Resumo |
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Desde 1998, tem havido um conjunto de iniciativas governamentais no sentido de reduzir as taxas de cesárea, entre elas o apoio a que o parto sem complicações seja atendido pela enfermeira obstetra .
O Ministério da Saúde desenvolveu também outras iniciativas de incentivo às mudanças, como a criação do prêmio Galba de Araújo, tomando como referência as recomendações da Organização Mundial de Saúde, e a criação do Programa de Humanização no Pré Natal e Nascimento ( PHPN ). Nas últimas décadas, ocorreram grandes progressos na Obstetrícia, assim como nos conceitos de assistência à mulher e na formação dos profissionais de saúde envolvidos nesta área. É neste contexto que em 1999 surgem as Casas de Parto no Brasil, regulamentadas conforme a portaria 888/GM, de 12/07/99, assim como a Criação dos Centros de Parto Normal, pela portaria 985/GM, de 05/08/99. Foi nos EUA que surgiram os primeiros Centros de Nascimento, denominados de "Birth Center"; posteriormente a prática foi difundida em outros países, como o Japão, Holanda e Brasil, sendo o estado da Bahia o pioneiro na criação das Casas de Parto, e após os estados de Goiânia, Rio de Janeiro e São Paulo. A Casa de Parto é um local extra hospitalar para a realização de partos normais e sem distócia, com infra estrutura para este atendimento, contando com a presença da equipe de enfermagem e enfermeira obstetra. Tem como objetivos o atendimento de forma humanizada e segura ao parto, garantindo os aspectos fisiológicos do mesmo, além da participação da família neste momento. Nas práticas de Enfermagem Obstétrica baseadas em evidências, as pesquisas, estudos randomizados e controlados em laboratório, demonstram os resultados benéficos de inúmeras condutas, dentre as quais destacam-se àquelas relacionadas à saúde da mulher e do neonato, onde a diminuição das intervenções e a adoção de métodos naturais vêm-se tornando cada vez mais utilizados. As Recomendações da Organização Mundial de Saúde ( OMS ) para o Parto Normal, classificam as práticas utilizadas em quatro categorias: práticas demonstradamente úteis e que devem ser utilizadas; práticas claramente prejudiciais ou ineficazes e que devem ser eliminadas; práticas em relação às quais não existem evidências suficientes para apoiar uma recomendação clara e que devem ser utilizadas com cautela; práticas frequentemente utilizadas de modo inadequado. São as práticas demonstradamente úteis e que devem ser utilizadas que são oferecidas nas Casas de Parto, a fim de proporcionar à mulher uma assistência digna, segura, com qualidade, e livre de riscos. Entende-se também que esta assistência ofereça, desde a adequação da estrutura física e equipamentos dos hospitais, mudança de postura / atitude dos profissionais de saúde envolvidos, buscando desta forma que esta possua, além dos conceitos humanísticos, toda uma base científica e tecnológica baseada nas melhores evidências disponíveis. Referências Bibliográficas Basile ALO, Pinheiro MSB, Miyashita NT. Mitos Obstétricos. In: Basile ALO, Pinheiro MSB, Miyashita NT. Centro de Parto Normal - O Futuro no Presente. São Paulo: _____, 2004. Cap. 6, p. 43-46. Barros SMO. Incentivando o parto normal. In: Barros SMO, Abrão AC, Salazar F.Incentivando o parto normal. Enfermagem Obstétrica e Ginecológica. São Paulo: Roca, 2002. Cap. 11, p. 203-210. Berquó ES, Souza JMP, Gotlib SLD. Bioestatística. São Paulo: EPU; 2003. p 299-304. Bonomi A. Pré Natal Humanizado, Gerando crianças felizes. 1 ed. São Paulo: Atheneu; 2002 Brasil. Ministerio da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Atenção integral à saúde da mulher 1999-2002. Brasília: Ministério da saúde; 1999. 22p. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de saúde. Parto, aborto e puerpério: assistência humanizada à mulher. Brasília; 2001. 199p. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria |