No Brasil, mesmo com a evidente redução no número de casos de Hanseníase de 19 para 4,68 doentes em cada 10.000 habitantes no período entre 1985 a 2000, esta ainda continua sendo um grave problema de saúde pública.

O presente estudo analisou os fatores relacionados à não adesão ao tratamento da Hanseníase pelo portador do Bacilo de Hansen e as dificuldades vivenciadas por estes portadores em manter o tratamento terapêutico, e investigar o nível de conhecimento sobre a adesão ao tratamento contínuo dos portadores do bacilo.

Como subsídio teórico utilizamos: ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Guia para Eliminação da Hanseníase como problema de Saúde Pública. 1ª edição, ex.1. Genebra: 2000; PROGRAMA DE CONTROLE DA HANSENIÍASE. Relatório quadrienal. 1986-1989. Brasília: 1990. Esta pesquisa é do tipo analítica descritiva, com abordagem quanti-qualitativa, realizada em 3 unidades de PSF da cidade de Cajazeiras-PB.


A população constou de pacientes portadores da patologia supracitada, cadastrados naquelas unidades, os dados foram coletados, a partir da técnica de entrevista com um questionário semi-estruturado, as quais foram analisadas após leituras subseqüentes do material.

Constatou-se que 80% dos pacientes aderiram precocemente ao tratamento da hanseníase
e mesmo sendo orientados pelos profissionais de saúde, 100% deles, já abandonaram; destes, 40% desconhecem a necessidade do tratamento contínuo para obter a cura da doença.

Após a pesquisa, foi possível apreender que a maioria dos pacientes entrevistados conhece a importância de aderir continuamente ao tratamento, contudo alguns aspectos, tais como os efeitos adversos da medicação os levam a abandonar à terapêutica prescrita.