Esta experiência foi motivada principalmente por vivências no âmbito da UTI neonatal. Nossa prática teve como objetivo proporcionar o restabelecimento do vínculo mãe-filho, interrompido devido à prematuridade através do método canguru, tendo como base três pilares filosóficos - fisiológicos que sustentam esse paradigma da assistência perinatal, "amor calor e aleitamento". Tendo como referencial metodológico a observação direta do binômio mãe - filho. Realizado na UTI Neonatal de um hospital municipal de Emergência do Rio de Janeiro no período de maio à junho de 2004. Na existência de três etapas da atenção pelo método canguru, somente a primeira etapa foi usada para o desenvolvimento da experiência, etapa está que consiste em mãe - canguru parcial, uma vez que o recém-nato ainda está impossibilitado de ir ao alojamento conjunto. História do recém-nascido: Nascido de parto normal no dia 16/02/2004, sexo feminino, idade gestacional: 27 semanas. Com diagnóstico de prematuridade extrema. Em 20 de maio 2004, realizou broncoscopia para definir a indicação ou não do respirador sendo diagnosticado, acentuado edema de laringe, com pulmões preservados. Ainda usando a prótese, foi iniciado o método Canguru. No começo era colocada poucos minutos no colo da mãe com todo o seu equipamento tecnológico. A mãe no início demonstrou ansiedade, relacionando-se timidamente com o bebê e o encontro aconteceu. Observando e sentindo a melhora progressiva do bebê, a mãe procurou maiores informações sobre a prematura, acariciando, olhando, conversando e a tocando com mais freqüência. Em Junho de 2004, pesando 1765 gr, o bebê foi extubado e colocado em CPAP nasal, sendo mantido no método Canguru até sua alta. Concluímos que práticas que favoreçam o relacionamento caloroso mãe-filho, precisam sempre ser estimuladas e oportunizadas pois facilitam o desenvolvimento natural da relação e mantém os bebês e suas mães, calmos e tranqüilos, fortalecendo os seus vínculos. |