A violência sexual tem alcançado índices altíssimos dentre todos os tipos de maus-tratos, e na maioria das vezes não há denúncia por parte da vítima, o que torna difícil os registros dos casos. Portanto as sobnotificações não retratam a realidade, mas já denuncia um problema de saúde pública preocupante. O objetivo deste estudo buscou identificar o número de casos de abusos sexuais para ambos os sexos, seus subtipos, idade, e detectar os principais agressores.
O estudo trata-se de uma pesquisa descritiva e documental de natureza quantitativa, cujo cenário foi o Projeto Sentinela - Secretaria de Ação Social, Fortaleza - CE.
A coleta de dados se deu no período de Janeiro à Março de 2005, através dos documentos anexados aos prontuários referentes aos anos de 2003 e 2004, e agrupados em forma de figuras e quadros demonstrativos fundamentados na literatura pertinente.
Os resultados mostraram que a adolescência precoce (10-14 anos) foi a faixa etária mais acometida com 132 casos no intervalo de anos pesquisados, destacando o sexo feminino como principais vítimas. Os atos físicos genitais e o incesto foram os subtipos mais ocorridos, totalizando 85 e 37 casos nos anos de 2003 e 2004, respectivamente.
Como principais agressores, evidenciou-se o padrasto com 49 casos, no total e outros não identificados com 72 casos.
Faz-se necessário o esclarecimento dessa clientela, buscando a prevenção de agravos e esclarecendo o comportamento do agressor para que a possível vítima possa evitar o abuso. A educação em saúde nas escolas é de fundamental importância nessa questão. |