A mulher é vulnerável às DST e AIDS não só por fatores fisiopatológicos, mas também por fatores sociais, culturais, econômicos e psicológicos, os quais estão interligados às relações de gênero, formando um universo de riscos a saúde da mulher.

Este estudo objetiva identificar a vulnerabilidade das mulheres às DST e AIDS, refletindo sobre a relação desta e a realidade de gênero vivenciada pelas mulheres. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa, realizada no Centro de Saúde da Mulher, no município de Barbalha.

A amostra ficou constituída por 13 mulheres clientes do serviço e por 3 profissionais - duas Enfermeiras, uma psicóloga - que atendem essa clientela. Os dados foram coletados através de uma entrevista semi-estruturada e analisados à luz do referencial teórico utilizado.

Pôde-se observar que ainda existem problemas relacionados ao uso do preservativo, alguns por conta de preconceitos, outros por falta de autonomia das mulheres em relação ao homem.

Há ainda uma grande desinformação acerca da camisinha feminina, e que ainda há predominância de informações distorcidas acerca das DST e AIDS, fatores esses que contribuem para os altos índices de DST e AIDS entre as mulheres.

Acerca dos profissionais podemos perceber que a realidade vivenciada por elas no serviço pesquisado não condiz com a realidade encontrada nas mulheres entrevistadas.

Espero que esses estudo contribua de forma considerável para os profissionais como conhecimento ou aprofundamento sobre gênero , o qual irá influenciar na qualidade do atendimento a mulher.