A relação dos enfermeiros com o paciente terminal e de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e um tema curioso, necessitando de mais estudos.

Se por um lado a enfermagem tem através da prestação de seus cuidados a finalidade de contemplar os indivíduos com uma assistência holística em todo o ciclo vital, por outro, a literatura aponta que esta classe de profissionais ainda apresenta dificuldades em lidar com situações que envolvam a potencialidade, a eminência e a configuração de morte (PITTA, 1990; SOUZA & BOEMER, 2005).

Destarte, este estudo visa, primordialmente, conhecer a relação estabelecida entre pacientes terminais e de UTI e enfermeiros. Para lograr tal objetivo participaram 13 enfermeiras da área hospitalar que tinham experiências com pacientes terminais e de UTI. Estas responderam um questionário auto-aplicável, semi-estruturado em situação individual.

Para análise dos dados foi realizada a técnica de análise de conteúdos. Os principais resultados indicaram que as enfermeiras percebem a relação destes profissionais com pacientes terminais e de UTI como necessitando de muitas melhorias, pois quando os profissionais dão suporte técnico, necessitam melhorar na assistência aos aspectos emocionais direcionados tanto aos pacientes quanto aos seus familiares.

Conta-se, pois a necessidade de reflexões sobre a realidade do enfermeiro, a formação recebida nas faculdades, bem como os aspectos sociais, psicológicos, econômicos e políticos que envolvem o papel do enfermeiro.