(Objetivos) Identificar a prevalência dos fatores de risco para o desenvolvimento do pé diabético em pacientes portadores de Diabetes Mellitus tipo 2 do Programa de Diabetes do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC). (Referencial teórico) Dentre as doenças crônicas que vêm tendo índices elevados de morbimortalidade, o Diabetes Mellitus vem se destacando. Embora sejam muitas as complicações que afetam os pacientes com diabetes, as complicações com os pés representam a maior parte. Dentre os fatores relacionados ao desenvolvimento de úlceras nos pés, o de maior importância é a presença de neuropatia sensitivo-motora-periférica, seguida de trauma externo e doença vascular periférica. (Metodologia) Tratou-se de uma pesquisa de campo, de prevalência e prospectiva, realizada no período de setembro a novembro de 2004, tendo como amostra 63 pacientes participantes do Programa de Diabetes do HUOC. O instrumento de coleta de dados foi a ficha padronizada sobre o pé diabético, elaborada com base no Consenso Internacional do Pé Diabético. (Resultados) Através de consultas de enfermagem, observou-se que 68% são hipertensos. Dentre os sintomas sensitivos e motores dos membros inferiores, 25% apresentam formigamento, 47% dormência e 25% fraqueza muscular. 30% apresentaram deformidades nos pés, 38% usam calçados inadequados e em 46% observou-se calosidades. A percepção de pressão e a sensação tátil foram ausentes em 15% e em 8% respectivamente. (Conclusão) Com os resultados obtidos, concluímos que é alta a prevalência de fatores relacionados ao desenvolvimento do pé diabético nestes pacientes, como a hipertensão arterial, deformidades, calosidades nos pés e uso de calçados inadequados. Estes dados, refletem a importância da atuação de enfermagem no exame do pé, devido à identificação de pacientes de risco e prevenção de possíveis complicações.
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